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Agripino vai abrir diálogo com Rogério Marinho

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O ex-governador e ex-senador José Agripino, presidente estadual do partido União Brasil, confirmou que deve conversar com o ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho sobre as eleições deste ano.  O nome do ex-senador passou a ser  citado, a partir do último fim de semana, como uma das possibilidades da composição que os líderes de partidos de oposição articulam para a disputa eleitoral. Agripino disse que foi convidado para a reunião que deve ocorrer até a próxima sexta-feira, entre os dirigentes dos partidos que integram o bloco oposicionista. O ex-senador afirmou que Rogério Marinho também pediu para se reunir com ele antes. 

José Agripino disse que se dispõe a participar das conversas com protagonistas da política no Rio Grande do Norte, mas que não tem “alinhamento automático”  com algum grupo político. “Não vou aderir a nenhum grupo sem saber das intenções e o  que pretende”, resumiu. 

Agripino afirmou que ‘desconhece, objetivamente, a pauta desse encontro’, mas admite dialogar individualmente com outros líderes partidários, como é o caso do presidente estadual do PL, deputado federal João Maia, que também o procurou para o encontro isolado, antes dessa reunião conjunta com partidos da oposição.

O ex-governador José Agripino afirmou, ainda, que o novo partido, o União Brasil, tem um alinhamento de “independência política e de oposição, como sempre esteve, em benefício do Rio Grande do Norte”.

Encontro
Os dirigentes de partidos não alinhados ao governo estadual deverão se reunir provavelmente na próxima sexta-feira (08) para discussão sobre um projeto político-administrativo de oposição à governadora Fátima Bezerra (PT). Liberado de agendas oficiais, depois que deixou o Ministério do Desenvolvimento Regional e como pré-candidato a senador da República pelo Partido Liberal (PL), o economista Rogério Marinho intensifica as articulações políticas e, apesar de ter viajado a Brasília no início da semana, volta a Natal hoje ou amanhã para saber detalhes dessa primeira reunião com os presidentes estaduais de pelo menos sete partidos: União Brasil, PL, PP, PSC, PTB, Patriotas e Solidariedade.

“Estamos construindo um grupo de partidos de oposição ao governo do Estado que deve se reunir até o final desta semana para definir um plano, uma proposta, que se contraponha ao desgoverno que aí está”, disse o ex-ministro, ao conceder entrevista à rádio 96 FM.

Ele afirmou que esse grupo de partidos precisa apresentar uma alternativa ao que apontou como “sucateamento dos hospitais regionais. Segundo o ex-ministro, essas unidades hospitalares estão abandonadas. Rogério Marinho também disse não “se consegue andar pelo Estado”, porque as rodovias estaduais estão esburacas. “Precisamos ter um plano de recuperação da rede rodoviária”, continuou Marinho, para quem o atual governo não tem um plano para atrair empresas e investimentos, o que deve ser contemplado com um programa a ser apresentado pelos partidos de oposição.

Segundo Rogério Marinho, a iniciativa econômica da atual administração estadual se limita ao pagamento em folha de pessoal, o que “é uma obrigação”, e, disse, só foi colocada em dia com a transferência de recursos federais. “Ela esquece de agradecer a Bolsonaro, foi o presidente que alocou recursos em quantidade maior do que os governos anteriores, o que permitiu ela cumprir com a obrigação de governadora”.

Ele explicou que será elaborado um programa e, a partir daí, definido o candidato ao governo pela oposição. “Temos quatro meses até as convenções”, comentou.

Rogério Marinho disse que a mudança dos rumos do Estado deve unir esses partidos e suas lideranças para a escolha do candidato a governador. “O que nos une é a vontade de tirar o Estado da situação na qual se encontra, com esse pacto de mediocridade [do atual governo]. Veja que passamos dois anos sem aula presencial, então, imagine a catástrofe para as crianças que não tiveram o conteúdo dado no tempo adequado”, destacou.

Rogério Marinho lembrou que um prazo importante do calendário eleitoral venceu no dia 2 de abril para as mudanças de filiações partidárias. Mas as convenções, que definem oficialmente as candidaturas dos partidos, podem ser entre 20 julho e 5 de agosto.

Solidariedade confirma encontro da oposição
O deputado estadual Kelps Lima, do Solidariedade, confirmou que foi convidado a participar da reunião dos partidos de oposição. Ele disse que deverá ser definido o local do encontro, que poderá ser nesta sexta-feira para que as legendas partidárias oposicionistas comecem a definir pontos comuns de um programa de governo.

Na ocasião, também deverá haver conversas sobre nomes para uma candidatura a governador, uma vez que o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza, cotado para concorrer nesta composição de partidos oposicionistas, estaria prestes a anunciar que não pretende disputar um mandato em eleição majoritária.

O Solidariedade tem como pré-candidato a governador Brenno Queiroga. Ele disputou o mandato nas eleições de 2018, quando obteve 106.345 votos e ficou em 4º lugar.

Ontem, Brenno Queiroga conversou com o ex-senador José Agripino, presidente estadual do União Brasil.

O ex-vice-governador Fábio Dantas, que assim como Brenno Queiroga é filiado ao Solidariedade, também é citado como uma alternativa para concorrer ao governo do Estado. Em 2021, Fábio Dantas assumiu a direção geral da Femurn (Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte, o que pode facilitar a articulação do apoio de prefeitos, caso se confirme as articulações para ele ser candidato.

Integrantes dos partidos de oposição afirmaram que o nome do ex-vice-governador foi lembrado principalmente a partir do momento no qual ficou mais claro que dificilmente Ezequiel Ferreira lançaria a candidatura ao governo. A formação do bloco de oposição tem outras incógnitas.

Embora na oposição, não foi confirmado se partido Podemos participará da reunião, como também existe uma expectativa quanto ao PSDB e MDB, que estão divididos entre ser situação e oposição à governadora Fátima Bezerra, atualmente com apoio à campanha de reeleição de seis legendas – PT, PC do B, PSB, PSD, PROS, Republicanos.

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