Pré-candidato à reeleição na Câmara, deputado falou ainda sobre o rompimento entre Garibaldi e Henrique e fez críticas à gestão Fátima Bezerra
“O União Brasil é uma legenda com boa representação de pré-candidatos e nossa expectativa é eleger de dois a três deputados federais”, afirmou o pré-candidato a reeleição na Câmara Federal, deputado Benes Leocádio (União Brasil), ao falar sobre a expectativa do partido para as eleições proporcionais, em outubro. O parlamentar explicou o que motiva a legenda a esperar um resultado tão exitoso nas eleições gerais e falou ainda sobre a inclusão de seu nome no rompimento entre os primos Garibaldi Alves Filho (MDB) e Henrique Eduardo Alves (PSB), o que classificou como um episódio “desnecessário”.
Deputado federal mais votado nas eleições de 2018, Benes falou que os críticos e observadores da cena política e das nominatas postas têm registrado que o União Brasil, partido no qual ele se filiou no início deste ano, após sair da presidência do Republicanos. Para ele, a nova legislação eleitoral trouxe limitações importantes para as nominatas.
“Quem não alcançar o ponto de corte, ou seja, 170, 180 mil votos para federal, não elege ninguém. Então, só existe sobra se alcançar o quociente completo, que é entre 200 e 210 mil votos. A regra de 80/20 é para eleger o primeiro, mas não pode concorrer às sobras. O UB com certeza vai fazer aproximadamente 300 mil votos, é a nossa expectativa. Temos Benes Leocádio, Carla Dickson, Paulinho Freire, Camila Araújo, Carol Pires, Sandra Rosado, Vanessa Lopes, Leonardo Rego e Sérgio Leocádio”, disse.
Benes disse também que a expectativa é fazer dois federais pelo União Brasil, com perspectiva de mais um, caso as demais nominatas não alcancem o ponto de corte. E que, das oito nominatas anunciadas para concorrer às eleições no Rio Grande do Norte, três delas têm chances de eleger dois federais – União Brasil, PL e PT. Já os demais têm chances de eleger apenas um deputado. Se eles não alcançarem, favorece as maiores.
GARIBALDI E HENRIQUE
Benes Leocádio também comentou a inclusão de seu nome na briga e consequente rompimento político entre os primos Garibaldi Alves Filho (MDB) e Henrique Eduardo Alves (PSB). Ele negou ter recebido apoio de qualquer liderança ligada ao deputado federal Walter Alves (MDB) e que não teve apoio de nenhuma base de Walter Alves na campanha de 2018.
“Não veio à tona uma única liderança que Henrique Eduardo tenha tirado de Walter para apoiar Benes. Não fui apoiado por nenhum deputado do MDB. Isso, por si só, já responde. Agora, a posição pessoal de Henrique em nos apoiar não é algo de se estranhar, porque, a minha vida inteira sempre foi votando nos Alves, durante 30 anos. Então Benes só servia para votar? Não poderia ser votado? Se isso é uma desculpa para outro problema que está por trás e a gente não sabe, isso deveria ser riscado. Tenho muito respeito por todos”, disse.
E relembrou que, no passado, chegou a receber pedido de Garibaldi para que não votasse em Henrique, mas sim no ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN), Nélio Dias. “Em 2002, a gente votava em Henrique e foi convidado a não continuar votando, a pedido de Garibaldi. (Com Nélio Dias vencendo) Estava indo para o lugar dele (no TCE) o conselheiro Paulo Eduardo Alves, atual presidente do TCE, que é irmão de Garibaldi. Acho isso desnecessário”, afirmou.
CRÍTICAS AO GOVERNO DO RN. Benes Leocádio também abordou o trabalho que a bancada federal potiguar teve no financiamento de ações no Rio Grande do Norte nos últimos quatro anos, atacando o governo do Estado sobre a falta de investimentos em obras durante a gestão da governadora Fátima Bezerra.
“O governo do Rio Grande do Norte tem se limitado a registrar que essa gestão tem sido praticamente para atualizar os pagamentos. Não existe investimento próprio do Governo Estadual, a não ser os R$ 48 milhões de emendas impositivas dos deputados”, apontou o deputado, afirmando ainda que a bancada federal destinou mais de R$ 400 milhões para obras importantes, como a barragem de Oiticica, Reta Tabajara, revitalização da Redinha e Ponta Negra, e outras ações.