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Policial militar mata oito pessoas no Paraná; seis eram da própria família

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Um policial militar lotado no 19º BPM (Batalhão da Polícia Militar) matou oito pessoas, seis da própria família, e cometeu suicídio entre a noite de ontem e a madrugada de ontem, nas cidades de Toledo e Céu Azul, no oeste do Paraná.

Segundo o boletim de ocorrência do caso, o PM identificado como Fabiano Junior Garcia, de 37 anos, matou inicialmente a mulher, Kassiele Moreira, e a enteada Amanda Mendes Garcia na residência do casal, na Rua Rui Barbosa, em Toledo.

Em seguida foi a um imóvel na Rua Boa Esperança e tirou a vida da mãe, Irene Garcia, e do irmão, Claudiomiro Garcia, além matar mais duas pessoas que, segundo o registro policial, aparentemente foram escolhidas aleatoriamente: Kaio Felipe Siqueira da Silva e Luiz Carlos Becker.

Já na cidade de Céu Azul, distante cerca de 65 km de Toledo, o policial Fabiano Junior Garcia ainda matou seus dois filhos mais novos, Miguel Augusto da Silva Garcia e Kamili Rafaela da Silva Garcia.

O militar teria então retornado para Toledo e se deparou com uma equipe da PM que prestava atendimentos no local onde matou a mulher e a filha. Ele então passou em baixa velocidade e, após estacionar o carro, disparou conta a própria cabeça, segundo os policiais.

Equipes de socorro foram acionadas, mas apenas puderam constatar o óbito de Fabiano Garcia, que estava com uma arma de fogo funcional, bem como munições e carregadores, além de uma faca que possivelmente foi utilizada no homicídio da mãe.

Ainda segundo informações da polícia, o PM estava em processo de separação da mulher e tinha dívidas. Em entrevista ontem, em Londrina, o comandante geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, afirmou que Fabiano Garcia deixou o trabalho ontem às 19h.  Ele disse ainda que o PM ligou para o cunhado por volta das 23h e que os assassinatos teriam sido cometidos entre esse horário e 0h30. O autor da chacina também enviou áudio a parentes e amigos nos quais falava sobre a separação e as dívidas.

A PM-PR divulgou a seguinte nota:

“A Polícia Militar está consternada e lamenta profundamente o ocorrido nas cidades de Toledo-PR e Céu Azul-PR.

O policial militar que prestava serviços no 19º Batalhão em Toledo não tinha histórico de problemas psicológicos e atuava como motorista do Coordenador do Policiamento da Unidade.

Desde dezembro de 2020 a região conta com o apoio do programa PRUMOS, que disponibiliza atendimento psicológico aos militares, com profissionais contratados para atuar nas Organizações Policiais Militares.”

Portanto, há algo de muito errado na Segurança Pública do Paraná.

AUDIO ENVIADO AO GRUPO DA FAMILIA :

O policial militar Fabiano Junior Garcia, que matou a própria família (mulher, três filhos, mãe e irmão), além de dois pedestres, na noite desta quinta-feira e madrugada de sexta-feira, enviou um áudio por mensagem explicando os crimes, cometidos nas cidades de Toledo e Céu Azul, no Paraná. A gravação circula em grupos de WhatsApp na manhã desta sexta-feira. Seu conteúdo foi confirmado pela PMPR como tendo sido enviado por Fabiano, de 37 anos, mas ainda não se sabe em que momento ele fez a gravação, se foi antes dos crimes, durante ou depois

— Família, me desculpa, me desculpa, me desculpa, mas eu não ia conseguir viver sem a Kassiele. Me desculpa. Ela já não estava mais suportando muito o jeito que eu lidava com ela, não estava mais suportando se eu ia dar atenção pra ela ou não. E ela deixou a entender que ela não fazia questão de continuar comigo. Então, se é assim, como eu me dediquei toda a minha vida pra ela e eu dediquei de todo coração mesmo, eu desisti de pensar em qualquer outra pessoa, de pensar em pular a cerca ou qualquer coisa, pra poder dar atenção, dar valor pra ela, eu entrei em um momento de depressão, entrei nesse maldito desse jogo, para mim maior válvula de escape para a depressão e me distanciei dela. E ela se acostumou com isso. E daí agora ela disse que tanto faz, então se pra ela tanto faz, ela não quis mais ficar comigo, ela falou que possivelmente ia separar, não iria ficar comigo do jeito que eu sou, que eu sou com as coisas do meu jeito e tal, então se é assim, eu já estava querendo fazer isso mesmo, porque eu já não consigo conviver com a situação da minha mãe lá com o problema lá, eu vivo financeiramente f* — afirmou Fabiano no áudio, que foi enviado para o grupo da família no WhatsApp

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