19.8 C
Ouro Branco

Agronegócio e indústria médica aderem a manifesto pró-democracia da Fiesp

Anúncios

Ao todo, mais de 100 instituições assinam o documento, que faz defesa enfática do papel do Supremo Tribunal Federal (STF) e critica “slogans e divisionismos que ameaçam a paz e o desenvolvimento” do país

Entidades do agronegócio e associações da indústria médica aderiram ao manifesto em defesa da democracia articulado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Ao todo, mais de 100 entidades subscrevem o documento. O Blog teve acesso ao anúncio de página inteira que será publicado nos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico, na sexta-feira (5).

Entidades como a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), PróGenéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos) e Todos Pela Educação se juntaram àquelas que já haviam declarado adesão, como a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

Como a CNN antecipou na semana passada, o manifesto pela democracia faz uma defesa enfática do papel do Supremo Tribunal Federal (STF) e, sem citar o presidente Jair Bolsonaro, critica “slogans e divisionismos que ameaçam a paz e o desenvolvimento” do país.

“Queremos um país próspero, justo e solidário, guiado pelos princípios republicanos expressos na Constituição, à qual todos nos curvamos, confiantes na vontade superior da democracia. Ela se fortalece com união, reformando o que exige reparos, não destruindo; somando as esperanças por um Brasil altivo e pacífico, não subtraindo-as com slogans e divisionismos que ameaçam a paz e o desenvolvimento almejados”, diz o documento intitulado “Em Defesa da Democracia e da Justiça” e obtido com exclusividade pela CNN.

A carta afirma que a “estabilidade democrática” e o “respeito ao Estado de Direito” são “condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios”. Segundo o texto, “esse é o desafio maior do Sete de Setembro neste ano”.

A referência à data em que será celebrado o bicentenário da Independência do Brasil acontece no momento em que Bolsonaro convoca seus apoiadores a irem às ruas pela última vez. No ano passado, o Sete de Setembro foi marcado por uma série de declarações do presidente com ataques e ameaças ao Supremo.

Documento em defesa da democracia / Divulgação

A carta da Fiesp, articulada pelo presidente da entidade, Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva, José Alencar, morto em 2011, destaca “o papel do Judiciário brasileiro”, classificando-o “como Poder pacificador de desacordos e instância de proteção dos direitos fundamentais”.

O documento registra, especialmente, a atuação do STF, “guardião último da Constituição”, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “que tem conduzido com plena segurança, eficiência e integridade nossas eleições respeitadas internacionalmente”.

O manifesto faz ainda uma homenagem aos integrantes do Judiciário, ressaltando a “nobre função” que exercem no país, “neste momento em que o destino nos cobra equilíbrio, tolerância, civilidade e visão do futuro”.

A carta termina dizendo que todos os seus signatários “reiteram seu compromisso inabalável com as instituições e as regras basilares do Estado Democrático de Direito, constitutivas da própria soberania do povo brasileiro que, na data simbólica da fundação dos cursos jurídicos no Brasil, estamos a celebrar”.

O anúncio que será publicado nos jornais diz que o manifesto empresarial será lido no dia 11 de agosto, mesma data em que a Faculdade de Direito da USP realizará um evento em defesa da democracia.

Na ocasião, um outro documento, organizado por juristas e intitulado “Carta aos Brasileiros”, que reúne assinaturas individuais, também será lido em ato público.

Mais artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimos artigos