Esse é o primeiro encontro pessoal entre os candidatos à Presidência; Tebet, Ciro e ex-presidentes também marcam presença
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski, tomaram posse como os novos presidente e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) respectivamente, nesta terça-feira 16. O corregedor-geral Eleitoral, ministro Mauro Campbell Marques, responsável pelo inquérito administrativo que apura ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral e que foi abastecido com informações de inquérito do STF, foi o primeiro a discursar.
Ele ressaltou o caráter técnico de Moraes, a atuação do TSE para garantir a democracia brasileira e disse que o Judiciário brasileiro está ao lado do novo presidente da Corte em sua nova jornada. “Ter Alexandre de Moraes na Presidência do TSE é uma forma muito peculiar de benigna interferência do destino em nossa história recente. Ninguém melhor do que o nosso novo presidente do TSE, (ele) está talhado para conduzir as eleições de modo firme, imparcial, técnico, previsível e democrático”, disse.
Campbell destacou a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e o trabalho do TSE para manter a harmonia entre os Poderes. “A Justiça Eleitoral segue constitucionalizada e adotando modelo quase singular em todo o mundo. Ela, eleições após eleições, prossegue sua vitoriosa caminhada histórica de legitimação popular permanente. Vossa Excelência receberá do ministro Edson Fachin um tribunal em perfeita sintonia com a opinião pública, organizado administrativa e orçamentariamente de modo impecável e com um nível elevadíssimo de harmonia institucional entre seus integrantes”, afirmou.
O procurador-geral, Augusto Aras, que costuma ser criticado por não se posicionar diante das ameaças de Bolsonaro ao sistema eleitoral, defendeu, em seu discurso, a soberania popular e disse que “juntos, acataremos a soberania”. “Juntos, fortaleceremos o Estado Democrático de Direito, pela realização de eleições limpas, transparentes e seguras. Juntos, acataremos a soberania popular manifestada na vontade majoritária do povo brasileiro”.
O novo presidente do TSE conduzirá a Corte Eleitoral até junho de 2024. A ele caberá presidir as Eleições Gerais de 2022 e iniciar os trabalhos de preparação do próximo pleito municipal. O ministro Ricardo Lewandowski se aposentará em maio de 2023, quando será sucedido na Vice-Presidência pela ministra Cármen Lúcia.
Eles foram parabenizados pelo ministro Edson Fachin, que estava na presidência da Corte desde fevereiro passado. Além dos ministros do TSE e do procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, também integraram a mesa de honra os presidentes da República, Jair Bolsonaro; do STF, ministro Luiz Fux; do Senado Federal, Rodrigo Pacheco; da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti. Os presidenciáveis Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) também compareceram ao evento.
ENCONTRO
Líderes nas pesquisas de intenção de voto na disputa presidencial, Lula e Jair Bolsonaro se encontraram pela primeira vez desde que as pré-candidaturas foram anunciadas. Os ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT) também estavam presentes ao evento e se encontraram pela primeira vez após o impeachment de 2016. Além deles, os ex-presidentes José Sarney (MDB) e Fernando Collor (PTB) também estão no plenário do TSE.