Levantamento aponta crescimento de Lula e queda de Bolsonaro tanto no primeiro quanto no segundo turno, se vier a ocorrer
Pesquisa Ipespe divulgada neste sábado (17) confirma tendência de crescimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e queda do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o levantamento, Lula cresceu um ponto e foi para 45% enquanto Bolsonaro caiu um e ficou com 35%.
Ciro Gomes, do PDT, caiu um ponto e foi para 7%, enquanto Simone Tebet (MDB) permaneceu com 5%.
O ex-presidente Lula ficou com 48% no total de votos válidos, confirmando possibilidade apontada pelos levantamentos Ipec e Datafolha de vitória já no primeiro turno.
O Ipespe fez também o levantamento por regiões:
Nas regiões Norte e Centro-Oeste, Lula tem 41% (-1) e Bolsonaro 37% (-4); Na região Nordeste: Lula tem 54% (+1) e Bolsonaro 25% (-4); Na região Sul é a única em que Bolsonaro aparece em vantagem. Lá ele tem 46% (+1) enquanto Lula tem 39% (+2). No Sudeste, Lula 44% (+3) e Bolsonaro 37% (+1).
Outros extratos:
Mulheres: Lula 51% (+2) Bolsonaro 29% (-1); Homens: Bolsonaro 41% (-2) Lula 40% (+2); Até dois Salários Mínimos: Lula 54% (+3) Bolsonaro 28% (-2); Mais De 5 Salários Mínimos: Bolsonaro 45% (+2) Lula 38% (+3).
Segundo Turno
A tendência de crescimento de Lula também aparece na enquete para o segundo turno. Lula foi de 52% para 53% enquanto Bolsonaro caiu de 39% para 38%.
Quadro consolidado
De acordo com o sociólogo e cientista político Antônio Lavareda, diretor do Ipesp, “a maioria absoluta dos eleitores (68%) quer ver a eleição decidida já no primeiro turno. Isso é verdade sobretudo para os eleitores de Lula e Bolsonaro. Mas alcança também porções significativas dos eleitores da terceira via”.
O sociólogo afirma ainda que o fato mais importante a se destacar no levantamento é o comparativo entre avaliações de Lula e Bolsonaro.
“Desde que a campanha começou, o ex-presidente mantém a sua avaliação positiva e a aprovação, retrospectivas, no mesmo patamar – 55% e 57%. Enquanto a avaliação negativa e a desaprovação oscilaram negativamente, hoje sendo 23% e 38%, respectivamente”, diz ele.
Lavareda diz ainda que “o mesmo, praticamente, ocorreu com o atual Presidente. Ele mantém a avaliação positiva em 35% e a aprovação em 39%, ao passo que a avaliação negativa e a desaprovação cederam ambas apenas um ponto, aparecendo, hoje, nas marcas de 46% e 55%, respectivamente”.
“Ou seja, ao que parece até o momento, as atitudes face aos dois principais candidatos estavam inusualmente consolidadas antes mesmo do início da campanha eleitoral”, conclui ele.