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Censo 2022 está 34,2% concluído no RN, diz IBGE

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O Censo 2022 no Rio Grande do Norte está 34,2% concluído após quase dois meses do início da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado coloca o Estado na 5ª posição nacional entre as unidades federativas mais avançadas no censo. O segundo balanço do trabalho está previsto para ser divulgado na primeira semana de outubro. De acordo com a primeira parcial, divulgada no fim de agosto, 1.390.160 pessoas já foram recenseadas em 474.279 domicílios. Em todo o País, 95 milhões de pessoas já responderam as perguntas do Censo.

No RN, 46 cidades já atingiram a marca de 50% ou mais de recenseamento. Os municípios mais adiantados são São João do Sabugi (90,9%), Serra Caiada (88%), Bento Fernandes (84,6%) e Jardim do Seridó (76%). Ao todo, o Estado tem 5.972 setores censitários, que são pequenas divisões do território, que facilitam a execução das pesquisas estatísticas. Cada recenseador trabalha em um setor por vez. Apesar do avanço na coleta dos dados, os recenseadores enfrentam dificuldades nas três maiores cidades potiguares: Natal, Mossoró e Parnamirim.

O coordenador de operações do IBGE, Rogério Campelo, diz que os trabalhadores têm encontrado resistência para acessar condomínios e prédios, principalmente os de alto padrão, onde vivem famílias das classes alta e media alta. “Acho que um dos objetivos das pessoas que vão morar nesses condomínios é justamente você diminuir essa acessibilidade externa, ter uma sensação maior de segurança, mas às vezes os síndicos e administradores têm um exagero nessa função. Em alguns casos, ele atrapalha nossa coleta não comunicando o morador, isolando-o e tirando dele esse direito. É comum nas maiores cidades do Estado”, comenta.

O percentual de recusa em responder a pesquisa está em 1,5% no Rio Grande do Norte. Esse número é menor que a média da região Nordeste (1,8%) e do Brasil (2,3%). Para convencer a população da importância de responder o Censo 2022, os recenseadores estão orientados a retornar três vezes aos domicílios resistentes ou vazios na hora da visita. Caso o morador não seja convencido a dar a entrevista, o supervisor fará uma visita. Em último caso, o morador resistente receberá uma carta sobre a obrigatoriedade da prestação de informações estatísticas conforme a Lei Federal 5.534/68.

O recenseador Jeff Pereira, que atua em bairros da zona Leste de Natal, diz que em alguns condomínios sequer consegue passar pelo síndico. “Nesses locais há uma problemática. A gente encontra uma negação por parte de porteiros, administradores e de outras pessoas que trabalham no condomínio, isso dificulta muito o nosso trabalho porque tem que enviar ofício solicitando para informar como isso vai ocorrer, só que para enviar esses ofícios a gente precisa de alguns dados. Às vezes o síndico não nos responde e a gente entende como uma recusa”, afirma.

Apesar das barreiras encontradas nas grandes cidades, o coordenador de Operações do instituto, Rogério Campelo, avalia que a pesquisa caminha bem e rápida, sem surpresas. Ele pontua que é no interior que o Censo avança mais rapidamente. “A receptividade é outra, as pessoas são mais abertas, então a conversa flui melhor, as pessoas entendem mais. Geralmente o recenseador é da própria cidade e isso ajuda também. Às vezes o vizinho aborda perguntando quando vai ser a vez dele, tem sido bem legal”, comenta.

Campelo conta que o Censo se concentra agora em acessar setores rurais, com baixa densidade de domicílio. Em outras palavras, significa que os recenseadores irão andar mais e encontrar menos casas. “A coleta está caminhando bem, hoje temos 34% dos setores coletados, mas quando a gente abre o dado em relação aos domicílios, a nossa expectativa já passou de 70% dos domicílios. Estamos bem avançados e com tudo correndo dentro do esperado”, diz o servidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O cronograma do Censo 2022 está mantido. Na primeira semana de outubro, o IBGE deve soltar outro balanço e até o dia 31 do próximo mês, toda a coleta de dados deve ser finalizada no Estado. Os primeiros resultados da pesquisa demográfica, com informações sobre tamanho e perfil básico da população, devem ser divulgados até dezembro deste ano. Outras análises mais detalhadas deverão ser divulgadas ao longo de 2023 e 2024.

Saiba como identificar o recenseador

O recenseador deverá estar vestido de colete azul-marinho com logomarca do IBGE nas costas; telefone (0800 721 8181) e o portal do IBGE no peito; crachá com nome, documento de identidade, número da matrícula no IBGE e QR code; nas mãos, o dispositivo de coleta com capa azul semelhante a um celular; e boné do Censo. 

No outro lado das linhas do 0800 721 8181, há servidores, das 8h às 21h30. Isso porque o recenseador pode ir às casas fora do horário comercial, nos fins de semana e feriados, uma vez que o objetivo é encontrar a população em casa. Dentro portal do IBGE, qualquer pessoa pode consultar a página Respondendo IBGE para saber se um documento de identidade (CPF ou RG) ou matrícula é realmente de um servidor do instituto.

Nos condomínios residenciais, o IBGE distribuirá cartazes, para serem usados em áreas comuns, com a foto e nome do recenseador.

O Censo

O Censo Demográfico é a única pesquisa que vai à casa de todos os brasileiros. O objetivo não é apenas a contagem da população, mas coletar dados essenciais sobre educação, condições de moradia, cor ou raça, trabalho e renda e outros temas. Os resultados são apresentados, por exemplo, em nível municipal e de bairro. Dessa forma, é possível observar como o perfil da população e as suas necessidades mudam no decorrer do tempo.

Os resultados podem orientar gestores de políticas públicas, guiar a tomada de decisão em negócios e servir de instrumento para o exercício da cidadania por qualquer brasileiro (a). Além disso, o Censo é fundamental para calibrar as amostras das demais pesquisas domiciliares do IBGE e fornecer insumos a institutos de pesquisa independentes e a acadêmicos.

A Divisão de Estatística das Nações Unidas (ONU) recomenda a realização de censos em países como o Brasil, já que ainda não atingiram maturidade na gestão de registros administrativos capazes de substituir um censo.

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