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Em meio a crises, Múcio cultiva base em PE e recebe até vereador

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Mesmo em meio a crises que envolveram sua pasta no início do governo, o ministro da Defesa, José Múcio, não tem descuidado de sua base política, o estado de Pernambuco.

Ex-deputado federal por cinco mandatos, ele tem recebido políticos com alguma frequência em seu gabinete, a maioria pernambucanos. Até alguns de menor expressão, como vereadores, conseguiram espaço.

Na última segunda-feira 30, por exemplo, Múcio teve um encontro com Chico Bandeira (PSB), vereador de Ingazeira, cidade de 4.500 habitantes no sertão pernambucano.

“Conheço o ministro desde os anos 2000. Fui eu que pedi a audiência, para falar para ele que tudo que fez foi fundamental para as coisas começarem a caminhar sem ódio, voltar ao normal”, diz o vereador, em relação à reação aos ataques golpistas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro.

A agenda oficial diz que a audiência durou 45 minutos, mas o vereador afirma que na verdade foram cerca de 15 minutos de conversa. “Não é muito corriqueiro a gente conversar com um ministro, gostaria que todos tivessem essa atitude”, afirma Bandeira.

Outro vereador do estado que teve audiência com o ministro foi Jorge Quintino (Solidariedade), de Caruaru, que fez uma “visita de cortesia” em 17 de janeiro. Ele estava acompanhado do senador Rogerio Carvalho (PT-SE).

Também tiveram espaço na agenda do ministro parlamentares pernambucanos como os deputados federais Augusto Coutinho (Republicanos) e Fernando Monteiro (PP) e os senadores Fernando Bezerra e Fernando Dueire (ambos do MDB), além da governadora Raquel Lyra (PSDB), recebida duas vezes.

Ex-ministro das Relações Institucionais no segundo governo Lula, Mucio sempre teve bom trânsito em diversos partidos.

Ele também abriu seu gabinete para políticos de outros estados, como os deputados federais Erika Kokay (PT-DF), Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e Jeronimo Goergen (PP-RS).

Crises no início de governo

A atividade política de Múcio ocorreu em meio a uma sucessão de crises que ele precisou administrar em janeiro, deflagradas pela invasão das sedes dos Três Poderes. O ministro chegou a ter a demissão pedida por petistas e teve de trocar o comandante do Exército por ordem de Lula.

Por meio de sua assessoria, Múcio afirmou que as visitas de cortesia ocorreram em especial na última semana de janeiro, por conta da presença de diversos parlamentares em Brasília com o retorno das atividades do Congresso.

FÁBIO ZANINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

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