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Médico explica como a pressão alta pode comprometer a saúde vascular

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O médico Marcone Lima Sobreira, diretor científico da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) da Regional São Paulo, atribui os problemas no coração de jovens ao estresse diário, sedentarismo e má alimentação. “Doenças preexistentes, como displidemias, podem ser o motivo para o comprometimento da saúde vascular de pacientes novos”, diz.

Apesar de o envelhecimento ser um dos fatores de risco para complicações cardiovasculares, especialistas têm observado que pessoas jovens também são afetadas pelas consequências da hipertensão arterial sistêmica (HAS), conhecida popularmente como pressão alta.

O bom funcionamento do sistema circulatório é fundamental para o bem-estar geral e qualidade de vida, uma vez que ele é responsável por transportar oxigênio e nutrientes para todos os órgãos do corpo.

A pressão elevada pode causar lesão direta no revestimento interno dos vasos, chamado de endotélio, e levar à disfunção do segmento, tornando-o mais suscetível a formar placas de ateroma (massa formada por gorduras, carboidratos, sangue, tecido fibroso e cálcio), que aumentam a chance de desenvolver trombose, além de outras doenças, como:

  • Doença arterial periférica, que tem como consequência a amputação de membros;
  • Aneurismas;
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Insuficiência cardíaca e renal;
  • Lesão na retina, que pode ocasionar a diminuição da acuidade visual, inclusive levar à cegueira.

“A úlcera hipertensiva, que também é uma consequência da HAS, é uma situação em que ocorre abertura de úlceras na face lateral da perna. Elas costumam ser rasas, com fundo limpo, mas é uma doença extremamente dolorosa. Ela pode ser tratada com controle rigoroso da pressão arterial, além de outras medidas clínicas e com acompanhamento médico”, alerta Sobreira.

Enfrentamento à hipertensão arterial

Com o objetivo de prevenir e combater as consequências da pressão alta, foi instituído o Dia Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Hipertensão Arterial, que é lembrado no dia 26 de abril.

A pressão pode ser medida manualmente por meio de manguito, geralmente fixado no braço, com o estetoscópio, ou com aparelhos digitais que fazem a leitura e aferem a pressão com boa precisão.

Segundo as Diretrizes Brasileiras da Hipertensão Arterial, de 2020, o valor considerado normal da pressão arterial é 120 x 80 mmHg. Acima de 140 x 90 mmHg, o indivíduo é considerado hipertenso. O valor intermediário, de 130-139 x 85-89 mmHg, é classificado como pré-hipertensão.

Fatores de risco

O envelhecimento, a obesidade e o tabagismo, além dos fatores de risco já mencionados, aumentam o risco de dano causado pela hipertensão e podem acelerar ou agravar problemas vasculares.

“É importante reforçar a adoção de hábitos saudáveis como a atividade física periódica, que ajuda a controlar os níveis glicêmicos e a diabetes, colabora para baixar os níveis de colesterol e o controle do peso”, afirma o médico.

A dieta equilibrada, com baixos níveis de sal, gordura e açúcares, também ajuda a controlar a pressão arterial, além de auxiliar no controle de outras comorbidades.

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