Somente 13% do público elegível no Brasil tomou a vacina bivalente contra a covid-19, disponível desde 24 de abril para todos aqueles com mais de 18 anos, segundo dados do Ministério da Saúde computados pela Folha de S. Paulo. O percentual corresponde a cerca de 21,3 milhões de pessoas. Entre os mais jovens, de 18 a 29 anos, a situação é a mais crítica: apenas 4,8% se vacinaram com a bivalente.
O reforço pode ser administrado em qualquer pessoa que tenha recebido pelo menos duas doses de vacinas monovalentes. As vacinas bivalentes contam com cepas atualizadas contra o coronavírus, incluindo a proteção contra a variante ômicron. Aprovadas pela Anvisa em novembro de 2022, os primeiros lotes desses imunizantes chegaram ao país em dezembro.
Atualmente são dois imunizantes bivalentes que circulam no Brasil, ambos da Pfizer. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também avalia a possibilidade da aplicação de uma outra, da farmacêutica Moderna. A autorização da agência para o uso das vacinas da Pfizer veio em novembro do ano passado. Contudo, o governo federal não agiu para distribuí-las.
O diretor do Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, orienta “que os municípios aproveitem a oportunidade da visita das pessoas à unidade de saúde para atualizar a imunização contra a covid-19 e, se for possível, atualizar outras vacinas pendentes no calendário de cada um”.