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MAPA firma protocolo para lançamento do Ecossistema de Inovação do Agronegócio

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Contribuir para a cultura da inovação tecnológica passando a integrar a rotina dos pequenos negócios rurais com soluções para o agronegócio potiguar. Este é o principal objetivo do protocolo assinado nesta semana pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para implantar um ecossistema local de inovação das cadeias produtivas do campo no estado. O Sebrae teve papel atuante neste ambiente de construção de um ecossistema inovador.

A oficialização da parceria ocorreu durante o Seminário de Lançamento do Ecossistema Local de Inovação do Agronegócio do RN. O evento, promovido pelo Sebrae, reuniu no Auditório do Parque de Exposição Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, Grande Natal, os principais atores e instituições do setor agropecuário do estado para discutir a formação de uma governança.

A ideia parte do pressuposto que o estabelecimento de um ecossistema de inovação setorial bem articulado é determinante para impulsionar o desenvolvimento inovador e para aumentar a competitividade dos negócios do campo.

Isso porque o ecossistema local possibilita a colaboração entre os diversos atores, a troca de conhecimentos e a conexão entre instituições, academia, produtores rurais e empresários, gerando soluções inovadoras que podem aumentar a produtividade, a sustentabilidade e a competitividade do setor.

O diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, destacou a importância da implantação do Ecossistema Local de Inovação do Agronegócio no sentido de modernizar e desenvolver as cadeias produtivas do agro.

“Temos agora uma ótima oportunidade de avançar no agro e ao mesmo tempo um desafio num estado pequeno, mas que tem uma pecuária de qualidade. Temos grandes avanços em áreas como a carcinicultura e a fruticultura irrigada. Na própria bovinocultura temos um projeto muito exitoso de Leite e Genética com mais de 30 mil animais nascidos com alta linhagem através da inseminação e fertilização in vitro. O Sebrae tem todo o interesse de participar da construção de um ambiente favorável para o ecossistema de inovação do agronegócio do RN”, garante Melo.

O secretário estadual da Agricultura, Guilherme Saldanha, enfatizou que mais importante do que gerar e implantar tecnologias, é fazer com que essas tecnologias cheguem aos pequenos produtores, ao homem do campo que esteja naquele município mais distante e que necessita de apoio para desenvolver a sua atividade agrícola e pecuária.

“Imaginem que lá em cima da Serra de Santana tem um produtor que recebeu a tecnologia do projeto Leite e Genética e que sua vaca, através da ordenha mecânica, esteja produzindo 60 litros de leite. Isso é inovação no campo”, exemplifica lembrando que é preciso estimular o pequeno produtor a adotar as tecnologias necessárias ao seu negócio rural. “E nós do governo, temos o aval da governadora Fátima Bezerra para abraçar esse esforço conjunto de todos os que estão aqui nesse lançamento”, complementa.

O diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, ressaltou que com as principais lideranças da atividade agropecuária reunidas em torno do interesse em desenvolver um ecossistema de inovação, é possível o estado alcançar maior competitividade e se destacar em toda a região Nordeste.

“Na realidade o que estamos fazendo aqui é um consórcio num ambiente propício para mostrarmos o quanto somos inovadores e podemos avançar. Vamos fazer uma inovação no agronegócio de forma inclusiva, pois 70% dos alimentos produzidos no RN e que chegam à mesa dos potiguares são provenientes da agricultura familiar. Com as tecnologias sociais surge a oportunidade do pequeno produtor inovar e transformar suas vidas”, defende João Hélio.

De acordo com a gerente da Unidade de Desenvolvimento Rural do Sebrae-RN, Mona Paula Nóbrega, a consolidação do ecossistema de inovação para o meio agrícola do Rio Grande do Norte pode ser um movimento transformador.

A gerente argumenta que o Sebrae identifica como importantíssimo o setor investir mais em melhorias tecnológicas e estar aberto à inovação, que são capazes de elevar os níveis de produtividade, sustentabilidade e competitividade dos produtores rurais.

“O objetivo desse movimento é ampliar a difusão das temáticas de tecnologia e inovação dentro do setor do agronegócio, seja através de startups, inovação aberta, hubs de inovação ou desenvolvimento de novos produtos e serviços de base tecnológica pelos empresários rurais. O Sebrae já atua como metodologia dos ecossistemas locais de inovação por município, e nós estamos usando a mesma metodologia para o setorial da agropecuária”, destaca Mona Paula.

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