Quando entrarem em campo, nesta quarta-feira (29), às 19h30, no estádio Maracanã, Atlético/MG e Flamengo estarão colocando, frente à frente, mais que a disputa para seguir lutando pelo título da Série A do Campeonato Brasileiro. O duelo entre os técnicos Tite e Felipão, que eram amigos e se tornaram rivais, além da briga pelos gols entre Pedro e Hulk são destaques deste “jogão” de bola.
Tite e Felipão não começaram o Brasileiro no comando das suas equipes, mas foram responsáveis pela virada dos times na competição, o que apimenta ainda mais o duelo no Maracanã. Tite está a frente do Rubro-Negro há 9 partidas (6 vitórias, 2 derrotas e 1 empate). Já Felipão precisou de 10 jogos para conhecer sua primeira vitória no comando do Galo. Mas, depois, engrenou de vez.
No comando do alvinegro, são 26 jogos (12 vitórias, 8 empates e 6 derrotas). Seu auxiliar técnico, Carlos Pracidelli, esteve à frente do time em mais dois jogos (Felipão estava suspenso), duas derrotas do Galo.
O Galo é o líder do returno, com 33 pontos ganhos em 16 partidas, aproveitamento de 68,7%. Já o Rubro-Negro, o vice, tem 31 pontos no mesmo total de jogos e 64,5% de rendimento.
A briga
O que já foi uma amizade íntima agora é marcado por 13 anos de silêncio. Tite e Felipão eram mais do que colegas de profissão; eram amigos próximos. Miro Bachi, irmão de Tite, revelou em entrevista ao UOL que Scolari esteve presente em uma festa de aniversário do filho de Tite, Matheus, quando a amizade ainda era sólida.
O ponto de virada ocorreu em 2010, quando uma disputa pelo título brasileiro dividiu os caminhos dos dois treinadores. O Corinthians de Tite dependia do Palmeiras de Felipão para assumir a liderança, mas o Fluminense acabou campeão. Para Tite, a falta de empenho do antigo amigo foi evidente.
O ano seguinte trouxe mais polêmicas. Após a eliminação na Libertadores, uma declaração de Felipão sobre Tite gerou ressentimento. A relação estremeceu ainda mais em 2011 com a cena icônica de Tite gritando “fala muito” à beira do campo no meio de uma discussão com Felipão, em um Corinthians x Palmeiras, no Pacaembu. Mesmo um abraço em 2012 não amenizou o clima.