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Navios são atacados no Mar Vermelho, petroleiras mudam rotas e petróleo sobe quase 2%

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Dois navios comerciais foram atacados no Mar Vermelho. A ação terrorista aconteceu nesta segunda-feira (18) e teve a autoria reclamada pelo movimento Houthi, do Iêmen. Drones foram usados para o ataque que gerou reação de empresas petroleiras, que começam a desviar embarcações da região.

A notícia gerou apreensão nos investidores, e houve impacto no mercado de petróleo. Nesta segunda-feira, o barril do tipo brent — principal referência para o mercado brasileiro — subiu 1,80%, e fechou o dia a US$ 77,95. Já o contrato do tipo WTI teve alta de 1,50%, para US$ 72,47.

Após a notícia dos ataques, a petroleira britânica BP decidiu interromper todas as rotas pelo Mar Vermelho. Já a norueguesa Equinor anunciou o desvio de rota de algumas embarcações, mas não detalhou a parte da frota afetada.

A decisão das empresas petroleiras pode atrasar entregas de petróleo e derivados e, por isso, o petróleo sobe no mercado internacional.

O porta-voz Houthi, Yahya Sarea, disse que o grupo atacou os navios MSC Clara, de bandeira panamenha, e Swan Atlantic, de propriedade norueguesa. Não há relatos de feridos nas duas ações.

Os ataques suscitaram preocupações sobre o impacto na passagem de petróleo, cereais e outros bens, já que a região é uma importante rota comercial global. Já há relatos de aumento do custo do seguro e do transporte de mercadorias pelo Mar Vermelho.

Os Houthis dizem que têm atacado navios no Mar Vermelho em protesto contra a ofensiva militar de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza. O grupo fez alerta aos que pretendem navegar em direção à área.

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