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Drone que matou soldados dos EUA na Jordânia seguiu drone americano até base, dizem fontes

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O drone que matou três soldados do Exército dos Estados Unidos e feriu outros 40 na Jordânia no domingo (28) se aproximou do posto militar americano, a Torre 22, mais ou menos no mesmo período em que um drone dos EUA retornava à base, disseram duas autoridades americanas à CNN.

Isso teria causado incerteza sobre se o dispositivo era hostil e atrasou a reação dos EUA, ponderaram as fontes.

O drone inimigo seguiu o drone americano conforme ele se aproximava, mas não está claro se o dispositivo inimigo seguiu intencionalmente o americano ou se foi uma coincidência, ressaltou uma das autoridades. Também ressaltaram que o ponto de origem do outro drone está sendo analisado.

O Wall Street Journal relatou pela primeira vez a confusão sobre o drone inimigo.

Os três soldados norte-americanos mortos no ataque foram identificados nesta segunda-feira pelo Departamento de Defesa dos EUA. São eles:

  • Sargento William Rivers, de 46 anos, de Carrollton, na Geórgia;
  • Especialista Kennedy Sanders, de 24 anos, de Waycross, na Geórgia; e
  • Especialista Breonna Moffett, de 23 anos, de Savannah, na Geórgia.

Todos foram designados para a 718ª Companhia de Engenharia, uma unidade da Reserva do Exército dos EUA baseada em Fort Moore, na Geórgia, explicou a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, em um briefing.

Singh Destacou que mais de 40 pessoas ficaram feridas no ataque, um número que pode aumentar.

Ela pontuou ainda que oito pessoas que foram retiradas da área por motivos médicos foram levadas para o Centro de Apoio Diplomático de Bagdá.

Três desses militares serão transportados para o Centro Médico Regional Landstuhl para acompanhamento, e os outros cinco deverão retornar ao serviço após serem avaliados por lesões cerebrais traumáticas leves. Uma autoridade dos EUA disse anteriormente à CNN que todos os oito foram evacuados para Landstuhl.

Ataques contra os EUA chegam ao ápice

O ataque de domingo marcou uma escalada significativa após cerca de 165 ataques contra os Estados Unidos e as forças da coalizão desde 17 de outubro, aumentando ainda mais as preocupações de um conflito mais amplo no Oriente Médio.

Uma autoridade americana ressaltou à CNN que houve seis ataques desde sexta-feira (26), incluindo o com drones de domingo e um ataque com vários foguetes à Base de Patrulha Shaddadi, na Síria, na manhã desta segunda-feira (29).

Embora grupos armados apoiados pelo Irã tenham lançado ataques contínuos contra os EUA e as forças da coalizão no Iraque e na Síria, causando um ferimento grave e dezenas de outros que as autoridades descreveram como menores, os Estados Unidos também têm tomado medidas contra os Houthis apoiados pelo Irã no Iêmen pelos seus ataques à navegação comercial. Entretanto, Israel prossegue a sua campanha em Gaza contra o Hamas e lança ataques contra o Hezbollah no Líbano.

O consenso é que um grupo de milícias apoiado pelo Irã está por trás do ataque com drones, embora os EUA ainda estejam trabalhando para determinar qual grupo é diretamente responsável.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse a Phil Mattingly da CNN nesta segunda-feira que a Casa Branca acredita que “o grupo foi apoiado pelo Kataib Hezbollah, que é um dos principais grupos apoiados pela Guarda Revolucionária do Irã no Iraque e na Síria”.

“Este (ataque) teve consequências letais de uma forma que os anteriores não tiveram, mas isso não significa que a intenção dos ataques anteriores também não tenha sido letal, apenas que fomos capazes de derrotá-los”, destacou Kirby.

Os EUA já atacaram locais no Iraque associados ao grupo nas últimas semanas e, no início deste mês, atacaram um membro do grupo que uma autoridade americana afirmou ter “sangue dos EUA nas mãos”.

“Indignação e tristeza” após ataque

Na manhã desta segunda-feira, antes de uma reunião no Pentágono com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, o secretário da Defesa, Lloyd Austin, expressou a sua “indignação e tristeza” pela morte dos três soldados americanos.

“Deixe-me começar com minha indignação e tristeza pela morte de três bravos soldados dos EUA na Jordânia e pelos outros soldados que ficaram feridos”, disse Austin.

“O presidente (Joe Biden) e eu não toleraremos ataques às forças dos EUA e tomaremos todas as ações necessárias para defender os EUA e as nossas tropas”, acrescentou.

Austin voltou ao Pentágono pela primeira vez desde um procedimento em 22 de dezembro para tratar câncer de próstata e uma hospitalização no início de janeiro. Ele informou que se sente “bem” e está “se recuperando bem, mas ainda se recuperando”.

Stoltenberg seguiu a linha dos comentários de Austin, expressando também suas condolências pela perda dos três soldados norte-americanos e daqueles que ficaram feridos.

“Isto demonstra mais uma vez o risco a que os militares estão expostos e eles defendem os nossos valores e participam em missões, operações onde protegemos a liberdade e os valores em que todos acreditamos”, ponderou Stoltenberg.

Integrantes do partido Republicano no Congresso dos EUA exigiram uma ação mais forte por parte do governo Biden em resposta à morte de soldados norte-americanos, com alguns pedindo ataques diretos dentro do Irã.

O senador Roger Wicker, o republicano de mais alto escalão no Comitê de Serviços Armados do Senado, pediu ação “diretamente contra os alvos iranianos e sua liderança” em um comunicado no domingo.

Já o senador Tom Cotton disse que “a única resposta a estes ataques deve ser uma retaliação devastadora contra as forças terroristas do Irã, tanto no Irã como no Iraque e em todo o Oriente Médio”.

Kirby ressaltou nesta segunda-feira que Biden está “avaliando” as opções que tem pela frente.

Fonte: CNN

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