O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chegou, pouco antes das 21h, à carceragem da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde passará a noite.
Valdemar ainda passará por audiência de custódia na sexta-feira 9.
O político foi preso em operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira 8. Ele acabou detido em flagrante após uma arma irregular ser encontrada na casa dele — além de uma pedra ouro.
Inicialmente, Valdemar era alvo apenas de um mandado de busca e apreensão. Mas ele foi preso por causa do que foi encontrado em sua residência.
Fontes ligadas à investigação dizem que há dois crimes em apuração: posse irregular de arma e usurpação de minerais. A junção dos dois crimes pode tornar o caso inafiançável, explicou uma fonte da PF.
À CNN, fontes informaram que o registro da arma apreendida está em nome do seu filho e está vencido.
Valdemar passou o dia na sede da PF na capital federal prestando esclarecimentos.
Pepita de ouro
A Polícia Federal (PF) encontrou a pepita de 40 gramas de ouro bruto, sem possibilidade de rastreio da origem — o que caracterizaria crime de usurpação mineral — durante o cumprimento de um mandato de busca e apreensão no apartamento do político, em Brasília.
Uma avaliação preliminar da pepita de ouro encontrada na casa de Valdemar aponta que a origem do material é de garimpo, dizem fontes ligadas à investigação.
O próximo passo da perícia é tentar identificar de qual garimpo o mineral foi extraído. Segundo fontes da PF, o resultado oficial da perícia não tem prazo definido.
A operação policial que investiga o presidente do PL apura a suposta atuação de uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
Os advogados do político questionam a prisão. Afirmam que a arma é registrada e a pedra apreendida tem baixo valor e não configuram delito.
Veja a nota na íntegra:
“A defesa do presidente Nacional do PL Valdemar Costa Neto afirma que não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência.
Afirma também que a arma é registrada, tem uso permitido, que pertence a um parente próximo e que foi esquecida há vários anos no apartamento dele.
Em outras palavras:
Como pode alguém ser detido por ser portador de uma pedra guardada há anos como relíquia e que segundo a própria auditoria da Polícia Federal vale cerca de 10 mil reais?”