A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (26) o mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, dono de um sítio nos arredores da cidade do interior do Rio Grande do Norte, que afirmou ter ficado refém, juntamente com sua família, dos fugitivos da penitenciária de Mossoró por pelo menos 8 dias. A PF suspeita que ele teria recebido R$ 5 mil dos criminosos para auxiliá-los na fuga
Segundo fontes que acompanham as investigações, Ronaildo teria procurado a polícia para afirmar que havia sido coagido a ajudar os foragidos, mas a polícia identificou que, na verdade, ele tinha recebido dinheiro para ser cúmplice da dupla. Não há informação se o dono do sítio tem ligação com facções criminosas.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito. À mídia local, Ronaildo afirmou que foi refém dos bandidos e que teria ficado oito dias sob poder dos criminosos. O dono do sítio disse ainda que chegou a gastar R$ 500 para dar suprimentos aos bandidos.
Na quarta-feira (14) dois prisioneiros fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na ocasião, os detentos usaram uma barra de ferro para ampliar o buraco de uma luminária, por onde escalaram para acessar o teto do presídio e fugir. Apesar de 600 homens envolvidos nas buscas, até o momento os criminosos não foram encontrados.
“As informações são que ainda estão na região. Tivemos quatro prisões (no total). Hoje tivemos outra prisão, mediante mandado judicial, de um colaborador. Imaginamos que estão nas cercanias”, disse o ministro Ricardo Lewandowski durante coletiva de imprensa.
Nesta segunda-feira (26), o Ministério da Justiça e Segurança Pública/Secretaria Nacional de Políticas Penais publicou portaria designando Bruna Fonseca Soares para exercer o cargo de substituto eventual da função de Chefe da Divisão Administrativa da Penitenciária Federal em Mossoró/RN da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal da Secretaria Nacional de Políticas Penais.
Lewandowski, assinou também nesta segunda-feira (26) um acordo com o governo da Alemanha para fortalecer a cooperação entre os dois países no combate ao crime organizado. A medida inclui parceria para atuar contra o tráfico de drogas e de pessoas, e contra crimes ambientais.
A partir de agora, os países vão intensificar trocas de informações e compartilhar métodos de investigação e tecnologia. O acordo também permite a formação de equipes conjuntas de investigação entre os países.