Após as eleições municipais, dirigentes do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, pretendem cobrar de Tarcísio de Freitas (Republicanos) participação maior no governo paulista.
Para uma ala da legenda, Tarcísio precisa acomodar melhor aliados do ex-presidente e sinalizar, com espaços em secretarias, sua lealdade a Bolsonaro.
Aliados do ex-mandatário devem sugerir a Tarcísio que acomode nomes bolsonaristas em secretarias estratégicas, a exemplo da Justiça e da Educação.
Atualmente, as pastas estão ocupadas por Fabio Prieto e Renato Feder, respectivamente.
Para nomes próximos do ex-presidente, o movimento, além de dar maior protagonismo às ideias de Bolsonaro, é necessário acabar com os ruídos entre o ex-presidente e o governador de São Paulo.
Feder e Prieto são indicações do próprio governador. Aliados dele no Palácio dos Bandeirantes, ouvidos pela CNN acreditam que não haverá grandes mudanças no governo e que, do ponto de vista de gestão, não é preciso mudar nada no primeiro escalão do governo.
Mas eles admitem que, do ponto de vista político, trocas pontuais podem acontecer.
Bolsonaro não esconde a insatisfação com o protagonismo de Tarcísio nas eleições municipais.
Sem Bolsonaro, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) aproveitou para se abraçar ao governador em uma aliança, ao que tudo indica, exitosa.
No estado, Tarcísio ajudou a eleger prefeitos e ainda atuou como garoto propaganda em campanhas em outras capitais, a exemplo de Bruno Engler, em Belo Horizonte.
Um dos casos de maior expressão, além da capital paulista, foi Campinas. Dário Saadi (Republicanos) foi reeleito, com forte apoio de Tarcísio, ainda no primeiro turno.