A deputada federal Natália Bonavides (PT) foi a única integrante da bancada potiguar no Congresso Nacional que se posicionou sobre a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central que elevou a taxa básica de juros do Brasil de 11,25% para 12,25% ao ano.
Natália classificou a decisão do Banco Central como “sórdida”. “Trata-se de um terrorismo que tenta pressionar o governo Lula para adotar a agenda derrotada nas urnas. Tem uma minoria que quer lucrar com retirada de direitos de nosso povo”, escreveu a deputada em mensagem postada no X, antigo Twitter.
O aumento da taxa Selic foi aprovado por todos os nove diretores do Banco Central, incluindo o indicado pelo presidente Lula, Gabriel Galípolo, para substituir o atual presidente Roberto Campos Neto.
“Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”, diz o texto divulgado pelo Banco Central.
A decisão do Copom de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual foi a maior alta dos juros básicos durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em fevereiro de 2022, ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), houve uma elevação de 1,5 ponto percentual.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que a decisão do Banco Central é “irresponsável, insana e desastrosa para o país”.
“Não faz sentido nem seria eficaz para evitar alta da inflação, que não é de demanda. Nem para melhorar a situação fiscal, muito pelo contrário. Esse 1 ponto a mais vai custar cerca de R$ 50 bilhões na dívida pública”, argumentou a petista.
Gleisi disse, ainda, que o Banco Central “está ignorando o esforço e sacrifício do governo em tomar medidas fiscais, que já estão no Congresso (Nacional), para limitar o crescimento da despesa”.
Ela afirmou que a decisão representa “o fecho da trajetória nefasta do bolsonarista Campos Neto no BC, responsável pela criminosa sabotagem à economia do país nos dois primeiros anos do governo Lula”.