Estimativa do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia aponta que, de cada três idosos acima de 65 anos no Brasil, pelo menos um já levou uma queda. E a cada 20 idosos que já foram ao chão, um registra fratura ou necessita de internação.
A entidade também diz que, entre os mais idosos, com 80 anos ou mais, 40% caem a cada ano. Daqueles que moram em asilos e casas de repouso, metade já caiu pelo menos uma vez.
Por mais que os médicos tenham afastado risco de sequela, a cirurgia a que Lula foi submetido às pressas na cabeça acendeu um alerta no país.
O único brasileiro a vencer três vezes uma eleição presidencial, e favorito hoje para conquistar o quarto mandato, tem 79 anos e não possui mais aquele vigor de antigamente.
A cirurgia desta terça-feira (10) tem relação com uma queda que o presidente levou em casa em novembro. Em 2026, Lula estará com 81 anos. E se vencer a próxima eleição, terminará o quarto mandato com 85.
Lula é um ser humano como qualquer outro, por mais que a trajetória pessoal e política dele nos faça acreditar que se trate de uma força da natureza.
Não é. O filho da dona Lindu é sim mais um entre milhares de idosos vítimas de acidente doméstico no Brasil.
A ordem natural da vida nos diz que a velhice chega para todo mundo e chegou para Lula também. E reconhecer isso não é uma tentativa de diminuir a biografia do maior líder popular vivo da América Latina.
O Lula que ama cuidar do Brasil também precisa de cuidados. E está precisando disso nesse momento.
A psicologia também chama de ansiedade o sofrimento por antecipação. A esquerda não precisa morrer porque a velhice chegou para Lula.
Mas é importante se preparar para o que vem depois de Lula na política e para o que vem depois de Lula na vida.
Talvez você que me lê agora tenha um Lula dentro de casa e ainda não se deu conta disso.
Pois cuide.
Nunca antes na história deste país cuidar foi tão urgente.