O encaminhamento de emenda parlamentar e a prestação de contas sobre os serviços executados foram motivo de discussão entre o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade), e o senador e candidato ao Governo do Estado Styvenson Valentim (Podemos). Neste domingo (21), ambos usaram as redes sociais para tratar do tema.
Tudo começou quando, em entrevista a um podcast, o candidato a governador afirmou que não encaminharia mais recursos à cidade de Mossoró porque o prefeito Alysson Bezerra, segundo ele, não teria apresentado a prestação de contas referentes a quase R$ 4 milhões em emenda parlamentar destinada a cirurgias na cidade.
O cara disse que ia mandar a lista e nunca mandou. E fica posando disso e daquilo. Mande a relação, publique para as pessoas verem que são essas pessoas que vão fazer cirurgias. Eu nunca vi. Agora o dinheiro tá lá, foi mandado, de emenda individual”, disse Styvenson Valentim, confirmando que a acusação era contra o atual prefeito de Mossoró.
Sobre a possibilidade de voltar a encaminhar recursos a Mossoró, Styvenson foi enfático e negou a chance. “Dor de barriga não dá só uma vez não. Eu ainda tenho quatro anos lá. Vamos ver se ele tem coragem de ir lá. Sem prestar conta, não perca seu tempo, prefeito, de ir lá em Brasília não. Passe para outro gabinete. Não vou mandar dinheiro e vou dizer porque não mando para a cidade. ‘Ah, mas então eu não dou apoio’. F… com o seu apoio. Não estou nem aí para ele. Nunca cobrei emenda por apoio”, disse Styvenson Valentim.
Ao tomar conhecimento das acusações, Allyson Bezerra foi às redes sociais e respondeu a Styvenson. O prefeito mostrou documento em que o Ministério Público encaminha ao gabinete do senador informações repassadas pela Secretaria de Saúde de Mossoró referentes ao uso de R$ 3.339.993,00 “para realizações de cirurgias eleitivas”. As informações foram repassadas em 11 de abril.
“Senador mentiroso, arrogante e mal informado, você recebeu desde abril as informações das cirurgias que solicitou. Foi enviado, via ofício, pelo próprio MP, os documentos que a Secretaria de Saúde mandou para o MP”, postou o prefeito de Mossoró.