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Alterações climáticas estão “fora do controle”, alerta ONU

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O secretário-geral das Nações Unidas disse esta sexta-feira que “as alterações climáticas estão fora do controle” e alertou que “estamos a caminhar para uma situação catastrófica”. Os alertas são feitos após a Terra ter batido recordes consecutivos de temperatura esta semana e depois de o mês de junho ter sido o mais quente desde que há registo. O planeta Terra está a registar temperaturas recorde nos últimos dias, o que levou as Nações Unidas a alertar que “as alterações climáticas estão fora do controle”.

Se persistirmos em adiar medidas fundamentais que são necessárias, penso que estamos a caminhar para uma situação catastrófica, como demonstram os dois últimos recordes de temperatura”, disse António Guterres, referindo-se aos recordes mundiais de temperatura batidos na segunda e terça-feira.

Os dados mostram que a última semana poderá ter sido a mais quente já registada mundialmente, uma vez que esta quinta-feira foi assinalado um novo máximo de temperatura: a temperatura média global foi de 17,23 graus Celsius.

A média de quinta-feira superou a marca de terça-feira de 17,18, que foi igualada na quarta-feira, de acordo com dados do Climate Reanalyzer da Universidade do Maine, nos Estados Unidos. Na segunda-feira a média registada tinha sido de 17,01, segundo registos não oficiais.

Estes máximos de temperaturas vêm juntar-se ao recorde do mês de junho, que foi o mais quente desde que há registo
, com uma média global de 16,51 graus celsius, 0,53 graus acima da média das últimas três décadas. O recorde anterior tinha sido registado em 2019, com uma variação de mais 0,37 graus.

Há meses que que os cientistas alertam que 2023 será um ano de recordes de calor e a tendência poderá agravar-se em 2024.

O recorde deste ano deve-se em grande parte às temperaturas muito altas da superfície dos oceanos, não só por causa das alterações climáticas, mas também por culpa do fenómeno climático El Niño.El Niño é um fenómeno oceano-atmosférico que afeta o clima regional e global. É responsável por anos considerados secos ou muito secos.

“Reconhecemos que estamos num período quente devido às alterações climáticas e, combinado com o El Niño e as condições quentes do verão, estamos a assistir a temperaturas recorde em muitos locais do mundo”, disse a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).

A ONU confirmou o regresso do fenómeno meteorológico El Niño na terça-feira. A última vez que o mundo enfrentou o El Niño foi em 2016, que continua a ser o ano mais quente já registado.

RTP

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