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Aluno apreendido sofria bullying e teria anunciado ataque em escola

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São Paulo — O aluno autor do ataque a tiros dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, que deixou uma aluna morta e dois alunos feridos, sofria bullying e teria avisado sobre o atentado há duas semanas, conforme alunos da unidade relataram ao Blog. Ele foi apreendido pela Polícia Militar (PM) na manhã desta segunda-feira (23/10).

Os estudantes ainda disseram que seriam pelo menos quatro os autores do ataque, que também sofriam bullying. Segundo informações iniciais da PM, um suspeito está foragido.

De acordo com alunos, os supostos autores eram um aluno gay — que foi detido —, uma aluna lésbica e outros dois alunos que seriam tímidos e excluídos. Essas características seriam os motivos do bullying, segundo eles.

“Ele era muito zoado aqui na escola. Sofria bullying por ser gay. Duas semanas atrás, ele avisou que iria fazer esse atentado. Ninguém acreditou, disse uma aluna ao Blog. O suspeito era famoso por publicar vídeos nas redes sociais, afirmou a aluna.

Uma vizinha do atirador falou sobre o bullying que o garoto sofria (veja abaixo). Ela também contou que ele era constantemente agredido em sala de aula.

Ataque

“Começou com dois barulhos de bomba. Pessoal gritando, saindo correndo. Eu pensei: “Meu Deus, deve ter acontecido alguma coisa”. Tentamos trancar a porta, mandamos todo mundo sair”, disse uma professora ao Blog.

“Saímos correndo batendo nas portas das salas de aula para todo mundo sair. Caí da escada e machuquei o joelho. Foi desesperador demais, fiquei em pânico”, disse outro aluno. Segundo ele, tudo aconteceu no 2º andar, começando na sala do 1º E”, afirmou a professora.

Uma professora do primeiro ano do ensino médio afirmou que, logo após conseguir levar seus alunos para fora da escola, teve acesso a um vídeo no qual o suspeito do ataque aparece sendo vítima de violência física em sala de aula.

“Ele era vítima de bullying, com base nesses vídeos. Tanto que o ataque, pelo que me falaram , começou dentro da sala de aula onde ele estudava”, afirmou a educadora, que pediu para não ter o nome publicado.

Ela afirmou ao Blog ter ouvido ao menos cinco disparos, no momento em que se preparava para começar seu dia de trabalho.

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, chegou ao local por volta de 9h30. Procurada, a Secretaria da Educação ainda não se manifestou sobre o caso.

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