Projeto vai passar por comissões e expectativa dos deputados é votá-lo em plenário na próxima semana, antes da conclusão dos trabalhos da Casa.
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou nesta quinta-feira (15), em plenário, a urgência na tramitação do projeto de lei que prevê o aumento do ICMS no estado, de 18% para 20%, em 2023. O projeto foi enviado pelo governo do RN.
Na terça-feira (13), o pedido de urgência na votação do projeto havia sido recusado pelo colegiado de líderes da Casa – era necessário o apoio unânime dos líderes, o que não ocorreu. O pedido tinha intenção de que o projeto fosse votado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões.
Nesta quinta (15), a deputada Isolda Dantas (PT) solicitou que a tramitação em urgência fosse votada em plenário e o requerimento foi aprovado por maioria dos deputados – 14 deles.
O governo do RN entende que o projeto precisa ser aprovado antes do fim do ano para diminuir a perda da arrecadação do ICMS (entenda mais abaixo).
Na quarta (14), o projeto foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação e vai seguir agora em regime de urgência na tramitação para outras duas comissões.
Segundo o presidente da Casa, Ezequiel Ferreira (PSDB), o projeto vai passar pelas outras duas comissões – em reunião conjunta – e o projeto será votado entre terça (20) e quarta (21), quando se encerra o ano legislativo.
Proposta do governo
A proposta do governo de aumentar a alíquota do ICMS de 18% para 20% em 2023, caindo para 19% em 2024 e voltando aos 18% em 2025 acontece, segundo o Executivo, por conta da perda de arrecadação com a desoneração do ICMS neste ano.
Segundo o governo do RN, mais de R$ 343 milhões deixaram de ser arrecadados e a previsão é que esse número chegue a R$ 1 bilhão no próximo ano – o que geraria uma queda de cerca de R$ 4 bilhões durante os próximos quatro anos de gestão.
A preocupação é que o projeto seja aprovado ainda neste fim de 2022 para poder valer em no mínimo 90 dias – em abril de 2023. O governo estima uma melhora na arredacação em cerca de R$ 500 milhões para o próximo ano, caso isso ocorra.