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Bolsonaro chama Genivaldo de ‘marginal’, defende PRF e pede tratamento ‘isonômico’

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Presidente comparou o caso de Genivaldo a um episódio, ocorrido em 18 de maio em Fortaleza, que levou à morte dois policiais rodoviários federais

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira 30 que a Polícia Rodoviária Federal teria ‘abatido um marginal’ ao matar Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, por asfixia em uma espécie de câmara de gás montada pelos agentes no porta-malas de uma viatura, em Sergipe. Ele havia sido abordado por estar pilotando uma moto sem capacete.

“Eu lamento o ocorrido há duas semanas aproximadamente com dois policiais rodoviários federais que, ao tentar tirar um elemento da pista, ele conseguiu sacar a arma de um deles e executou dois. A GloboNews chamou esse bandido de suspeito. E o outro policial, de outra…esfera…, ao abater esse marginal, foram em uma linha completamente diferente”, respondeu Bolsonaro ao ser questionado sobre o pedido de prisão dos agentes da PRF feito pela Ordem dos Advogados do Brasil.

Na declaração, Bolsonaro comparou o caso de Genivaldo a um episódio, ocorrido em 18 de maio em Fortaleza, que levou à morte dois policiais rodoviários federais. O crime aconteceu em um trecho da rodovia BR-116 com a Avenida Oliveira Paiva, no bairro Cidade dos Funcionários.

Segundo Bolsonaro, a classificação de ‘marginal’ dada por ele a Genivaldo seria um ‘tratamento isonômico’ com o que seria feito por parte da imprensa.

“Tratamento isonômico! Vai ser seguido a lei, a gente lamenta o ocorrido nos dois fatos, nos dois episódios a gente lamenta muito o ocorrido”, disse o ex-capitão logo após chamar Genivaldo de marginal.

Assim como informou a PRF, Bolsonaro também afirmou que o procedimento realizado em Sergipe que culminou na morte do homem de 38 anos será investigado. Ainda segundo o presidente, não é possível generalizar a atuação da PRF por um único episódio. Ao defender a atuação da PRF, Bolsonaro alegou também que, após a morte de Genivaldo, as ações da entidade ‘voltam à normalidade’.

“Volta tudo à normalidade rapidamente, a Justiça vai decidir esse caso e, com toda a certeza, será feito Justiça…todos queremos isso daí…sem exageros, sem pressão por parte da mídia que sempre tem um lado, o lado da bandidagem, como lamentavelmente grande parte de vocês se comportam”, disse. “Lamentamos o ocorrido e vamos com serenidade fazer o devido processo legal para não cometer injustiça”, concluiu o ex-capitão.

O sociólogo Daniel Hirata, professor e coordenador do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense, avaliou como ‘preocupante’ a escalada da violência nas operações com a presença da PRF, que antes do episódio com Genivaldo, participou de ao menos três operações chacina, responsável pela morte de mais de 30 pessoas no Rio de Janeiro.

Instado a falar sobre o caso de Genivaldo, o ministro da Justiça Anderson Torres alegou ‘não ter nada a dizer’ enquanto os procedimentos de investigação do caso estiverem em curso.

“Enquanto não houver a finalização destes procedimentos não há o que se dizer, não há o que se falar. O que tinha que ser feito pelo Estado já foi feito”, afirmou o ministro. Na última semana, o PT pretende convocar Torres para explicar o caso no Congresso Nacional.

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