Em evento de campanha em São Paulo, o presidente se irritou ao ser questionado sobre o assunto e saiu em defesa de Luciano Hang
Durante evento eleitoral em São José dos Campos (SP), nesta quinta-feira (18), Bolsonaro comentou a matéria do jornalista Guilherme Amado em que revela que empresários organizam um golpe de Estado. Para o presidente, trata-se de “fake news”.
Em sua fala, Bolsonaro atacou o jornalista do Metrópoles, Guilherme Amado. “Este cara é o fim do mundo, este cara é uma fábrica de fake news”.
Ao ser questionado sobre o assunto, Bolsonaro se irritou e declarou “chega de fake news”. O mandatário também saiu em defesa do empresário dono da Havan. “Luciano Hang falando em dar golpe?”, questionou.
Reportagem do jornalista Guilherme Amado no portal Metrópoles, divulgada nesta quarta-feira (17), revela que empresários bolsonaristas, em um grupo de WhatsApp, defendem abertamente um golpe de estado caso Lula (PT) vença as eleições de outubro.
No grupo, denominado “Empresários & Política”, estão figuras como Luciano Hang, das lojas Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da rede de shoppings Multiplan; José Koury, do Barra World Shopping; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de roupas de surfe Mormaii.
Segundo Amado, que vem monitorando o grupo digital, as conversas se baseiam em ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), exaltação das Forças Armadas como uma instituição necessária para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e até sugestões de atos violentos para impedir um retorno de Lula ao Palácio do Planalto.
A defesa explícita de um golpe de Estado foi feita pelo empresário José Koury no dia 31 de julho. “Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”, escreveu, sendo endossado por Afrânio Barreira, do Coco Bambu, que reagiu à mensagem com uma figurinha de aplausos.