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Carlos é o candidato mais rico para o Senado; Rogério elevou patrimônio em 102%

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Declarações de bens apresentadas pelos candidatos ao Senado mostram a evolução patrimonial destes nos últimos quatro anos

O patrimônio declarado pelos principais candidatos inscritos pelos partidos ou coligações para a disputa ao Senado Federal pelo Rio Grande do Norte soma quase R$ 4 milhões, variando de uma caderneta de poupança de quase R$ 3,4 mil a um patrimônio informado de cerca de R$ 2,9 milhões.

Embora tenha declarado perda de patrimônio nos últimos quatro anos, o candidato mais rico é Carlos Eduardo Alves (PDT), tendo informado R$ 2.877.488,68 em bens. Conforme o informado à Justiça Eleitoral, o pedetista perdeu 18,31% do seu patrimônio e está com R$ 645.014,21 a menos que em quatro anos atrás, quando informou a Justiça o total de R$ 3.522.502,89 em bens.

Na declaração mais recente, Carlos Eduardo Alves informou ter ações que totalizam mais de R$ 144 mil e outras aplicações e investimentos que, juntas, somam R$ 340.005,77. Em seguida, sem maiores detalhes, vem dois outros bens e direitos R$ 402.312,21 e outro R$ 254.169,24. Há ainda diversas outras participações societárias, caderneta de poupança, fundos, casa, apartamentos, crédito decorrente de alienação, veículo automotor, construção de R$ 500.000,00 e mais uma lista de bens.

O candidato Rogério Marinho (PL) declarou ter R$ R$ 1.984.482,76, o que significa que seu patrimônio declarado mais que dobrou nos últimos quatro anos, representando um aumento real de R$ 101,83% em seus bens, em relação ao registrado por ele em 2018, quando foi candidato a deputado federal. Naquele ano, a declaração foi de R$ 983.228,66.

Para as eleições de outubro, Rogério Marinho declarou ter um apartamento avaliado em mais de R$ 1 milhão. O segundo item de maior valor declarado são quotas de capital no valor de R$ 282 mil. Também aparecem quatro aplicações de renda fixa, nos seguintes montantes: R$ 275.509,65; R$ 40.626,22; R$ 15 mil e R$ 13.644,86. Em seguida, um veículo automotor avaliado em R$ 116 mil. Há ainda quatro depósitos bancários em conta corrente que, juntos, somam R$ 42 mil.

Outro candidato que registrou aumento considerável, em percentuais, é Freitas Júnior (Psol), que teve aumento de 206,9% em seus bens e ficou com R$ 2.282,62 a mais do que em 2018. Neste pelito, em seu registro de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ele disse ter apenas uma caderneta de poupança no valor de R$ 3.385,82.

PERDAS

O candidato do PSTU, Dário Barbosa, declarou ter perdido 20,93% do seu patrimônio, ficando R$ 45 mil mais pobre. Neste ano, ele declarou ter R$ 170 mil em bens, mas, em sua ficha de candidatura de 2018, quando concorreu ao governo do Estado, declarou possuir R$ 215.000,00.

À época, ele informou uma casa avaliada em R$ 200 mil e um veículo automotor terrestre avaliado em R$ 15 mil. Este ano, Dário declarou ter casa de R$ 120 mil e um veículo de R$ 50 mil.

Patrimônio de Rafael Motta tem aumento de 90% de 2018 para cá

O patrimônio do candidato de Lula ao Senado, deputado federal Rafael Motta (PSB), aumentou cerca de 90% nos últimos quatro anos, segundo ele informou em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral. Engenheiro de produção e presidente estadual do PSB, Rafael disse possuir, em 2018, pouco mais de R$ 650,2 mil em bens.

Já em sua ficha de candidatura para o pleito de outubro, publicada no site da Justiça Eleitoral no último dia 9 de agosto, a soma do seu patrimônio passou para cerca de R$ 1,2 milhão, o que significa um aumento de 89,76%.

Conforme sua declaração de bens, parte dessa diferença se deve a três apartamentos declarados pelo candidato ao Congresso Nacional, sendo um no valor de R$ 225,7 mil, outro R$ 150 mil e o terceiro, de cerca de R$ 80,8 mil. Em 2018, Rafael Motta tinha informado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apenas o montante de R$ 260 mil em dois apartamentos, sendo o primeiro no valor de R$ 150 mil e o segundo, avaliado em pouco mais de R$ 110 mil.

Em seguida, o deputado declarou três terrenos nos valores de R$ 293,3 mil, o segundo avaliado em R$ 256,6 mil e o terceiro, em R$ 27,6 mil. Os terrenos não constavam há quatro anos no sistema da Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais.

Soma-se ainda quatro aplicações de renda fixa, que juntas, totalizam cerca de R$ 45 mil, além da declaração de R$ 60 mil em espécie. Rafael Motta disse ter também um depósito bancário em conta corrente de R$ 17.620,06 e cinco veículos automotores terrestres, que somam cerca de R$ 79 mil.

Nas listas de bens dos candidatos publicadas no site do TSE, não há o detalhamento aprofundado sobre cada bem declarado, como por exemplo, nomes de empresas, localização de imóveis ou sócios de negócios. A medida, que teve como base a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), motivou reivindicações de entidades que atuam com transparência governamental, que solicitam a volta do modelo anterior.

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