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‘Causa palestina é a mãe de todas as causas’: ato de solidariedade reúne 7 mil em São Paulo

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Cerca de sete mil pessoas – de acordo com estimativas da organização – percorreram neste sábado (4) a Avenida Paulista, região central da cidade de São Paulo, para demonstrar seu apoio à causa palestina. O ato marcou o Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino, que teve manifestações em cidades de todo o mundo.

As manifestações acontecem em meio ao recrudescimento do conflito entre Israel e Palestina, iniciado no dia 7 de outubro com um ataque do Hamas a Israel, que deixou 1,4 mil mortos. A partir daquele momento, Israel mobilizou esforços militares para bombardeios aéreos a ataques por terra principalmente contra a Faixa de Gaza, com a justificativa de “guerra ao Hamas”.

Os manifestantes empunhavam bandeiras da Palestina e levavam cartazes de protesto contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza. Entre as mensagens, estavam pedidos de ‘cessar-fogo’, do ‘fim do genocídio’ e de boicote e sanções a Israel.

Entre os participantes estava o jornalista libanês Khaled Fayez Mahassen, que mora no Brasil há 53 anos. Para ele, a causa palestina deveria ser universal. “A causa palestina é a mãe de todas as causas. Não existe causa humanitária mais justa que a causa palestina”, afirmou. “Estamos assistindo a um genocídio, uma limpeza étnica contra o povo palestino, em Gaza e na Cisjordânia. Portanto, a nossa participação aqui é de extrema importância para levar ao mundo inteiro o que o sionismo internacional está fazendo contra um povo que luta pela sua terra.”

No mesmo dia dos atos em solidariedade à Palestina, Israel bombardeou uma escola em Gaza, matando 20 pessoas. O prédio era administrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e abrigava refugiados da guerra que perderam suas casas após bombardeios israelenses.



Mohamad El Kadri, presidente do Fórum Latino Palestino, reiterou a importância do apoio internacional à causa. “Hoje é um dia mundial de solidariedade à luta do povo palestino, que está sendo massacrado em Gaza e vamos superar todas as manifestações que temos feito até agora”, disse. Ele afirmou, ainda, que o fórum está articulando, com deputados latinos, norte-americanos e europeus, a visita de uma comitiva a Gaza. O objetivo é “romper o isolamento do povo palestino”.

Para o médico brasileiro-libanês Bilal Ramez Bakri, que mora no Brasil há 26 anos, comparecer à manifestação em defesa da Palestina é um “ato simbólico”. “A importância de estar aqui é levantar a nossa voz contra esses atos bárbaros desumanos, essa carnificina, este ato terrorista do Estado de Israel”, afirmou. Ele lembra que o “genocídio perpetrado pelo Estado de Israel” vem “em continuidade há 75 anos”.




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