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Cesta básica em Natal apresenta aumento de 5% em junho

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Dados analisados mensalmente pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), feito pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), demonstram que entre maio e junho deste ano houve uma alta significativa de 5,00% no valor da cesta básica em Natal.

Em Natal, houve o aumento de 6,54% referente ao açúcar, ficando atrás apenas de Fortaleza 7,64% e Goiânia 7,40%. Essa variação no valor do açúcar leva ao aumento do preço do produto no varejo, trazendo instabilidade nos preços ao consumidor final.

A PNCBA é um levantamento contínuo dos valores dos insumos essenciais que compõem a cesta básica. Após análise do comportamento dos preços dos produtos da cesta, a PNCBA observou uma variação em alguns produtos, como o quilo da batata que aumentou o preço em todas as cidades, principalmente em Campo Grande 36,89% e Florianópolis 33,06%.

Os preços e tipos de produtos que estão incluídos na cesta básica são selecionados a partir do decreto Lei nº 399, de 30 de abril de 1938. Esse decreto define 13 produtos alimentícios que variam a quantidade (que seja o suficiente para um mês) e o tipo dependendo da região, garantindo o bem-estar e o sustento de um trabalhador na idade adulta.

Além do decreto, o banco de dados da PNCBA informa o valor conjunto dos produtos, os preços médios e a jornada de trabalho que um trabalhador precisa cumprir, em todas as capitais, para comprar a cesta.

Com base em informações do DIEESE referente a junho, um trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, 55,63% do salário líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, para adquirir os produtos alimentícios básicos.

Ao comparar o percentual de junho de 2023 com o de junho de 2022, que ficou em 59,68%, é possível perceber uma queda desse valor, apesar do aumento no preço da cesta em diversas regiões do Brasil, como Recife 5,79% e João Pessoa 4,12%, por exemplo.

Queda no poder de compra em Natal

Segundo análise feita pelo Núcleo de Pesquisa do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal), no mês de junho o custo da cesta básica na capital potiguar ficou em R$429,35 em média. Comparado com o mês de março, que segundo o Núcleo de Pesquisa foi o maior valor do semestre em que o preço médio foi de R$435,83, houve uma diminuição no valor da cesta.

No entanto, o Núcleo de Pesquisa verificou que desde o primeiro semestre do ano o trabalhador vem perdendo o poder de compra de alimentos. Essa informação é verificada a partir da análise da cesta básica com o salário-mínimo que, em tese, deve suprir as necessidades alimentares básicas de uma família com quatro pessoas durante um mês.

O núcleo de Pesquisa pôde observar variações negativas e preços elevados durante o primeiro semestre do ano, dificultando o poder de compra da população natalense. O Núcleo aponta, ainda, que com a reforma tributária os valores irão subir. Para a região Norte e Nordeste, o aumento médio deve ser de 40,5% ou 35,8%”.

Com esse aumento, produtos essenciais na cesta básica como leite, açúcar, café, ou feijão, por exemplo, terão uma variação significativa, podendo impactar as compras dos potiguares no segundo semestre do ano.

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