Manifestações em solidariedade à Palestina e exigindo o fim dos ataques de Israel contra a Faixa de Gaza levaram centenas de milhares às ruas em ao menos 16 países neste sábado (28). Protestos aconteceram na Inglaterra, País de Gales, França, Turquia, África do Sul, Malásia, Japão, Índia, Itália, Irlanda, Estados Unidos, Paquistão, Indonésia, Austrália, Iraque e na própria Cisjordânia.
As mobilizações acontecem no dia em que a Faixa de Gaza, além de sofrer a incursão militar terrestre de Israel, está sendo atingida pela pior sequência de bombardeios desde o início dos ataques israelenses no território palestino em 7 de outubro.
Em Istambul, um ato reuniu, segundo o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, cerca de 1,5 milhão de pessoas. Para a multidão com bandeiras da Turquia e da Palestina, Erdogan discursou que “o Ocidente é responsável pelos massacres em Gaza. Israel é apenas um peão que seria sacrificado quando quiserem e não sobrevive nem três dias sem apoio do Ocidente”.
Na Inglaterra, protestos aconteceram em Londres, Derby e Manchester, se opondo à posição do primeiro-ministro Rishi Sunak que apoiou publicamente o que considera um “direito de autodefesa” de Israel. Cerca de 100 mil pessoas marcharam na capital inglesa exigindo o “fim do genocídio” e a interrupção do apoio militar britânico à Israel.
Na Malásia, em frente à embaixada estadunidense na cidade de Kuala Lampur, o protesto também reuniu uma multidão.
Atos aconteceram em Cork, o segundo maior município da Irlanda; em Roma e Livorno, na Itália; e em Islamabad, no Paquistão. “Tem um sonho maior do que ir para casa? Não há paz sem justiça, não há justiça sem retorno”, dizia um cartaz erguido em uma marcha em Capetown, na África do Sul.
Centenas de milhares de pessoas também tomaram as ruas de Aurangabad, na Índia.
Palestinos fizeram um protesto em Hebron, na Cisjordânia ocupada por Israel, onde pediram o fortalecimento do boicote global aos produtos israelenses e as empresas que apoiam o estado sionista.
Nos Estados Unidos, dez dias depois de ocupar o Capitólio sob o mote “não em nosso nome”, centenas de judeus tomaram a estação de trem e metrô de Nova Iorque durante a hora do rush, na noite desta sexta-feira (27). Cerca de 300 foram detidos. Denunciando o papel do governo estadunidense na colonização israelense sobre o território palestino, os protestantes demandam o fim imediato dos ataques.