Familiares do soldado voluntário André Hack Bahi não tiveram confirmação oficial; Itamaraty busca informações sobre caso
Soldados voluntários que integram as forças ucranianas relatam a morte do combatente brasileiro André Hack Bahi, de 43 anos. Nas redes sociais, o soldado brasileiro André Kirvaitis escreveu uma mensagem de despedida no domingo (5.jun.2022): “Obrigado por tudo, irmão”.
Kirvaitis publicou nesta 2ª feira (6.jun) fotos ao lado de André Hack Bahi no Instagram: “Obrigado por ter salvado a minha vida em Irpin… e me perdoe por não estar ao seu lado nessa última missão… a guerra é o inferno”.
Segundo outros combatentes, Bahi morreu durante confronto na Ucrânia. Não há informações específicas sobre a região em que houve o combate.
Familiares não foram notificados oficialmente da morte. Tatiani Hack Bahi, sua irmã, publicou nesta 2ª feira (6.jun) uma mensagem no Facebook:
“Venho aqui informar que não temos a confirmação do falecimento do meu irmão, apenas notícias e publicações… Nós familiares e amigos estamos em busca da verdade. Vamos lutar por isso, Hack Andre Bahi, te amamos e te esperamos.”
Outra irmã, Letícia Hack Bahi, disse mais cedo ao portal UOL que a família entrou em contato com a Embaixada do Brasil na Ucrânia, mas não obteve a confirmação da morte. “Falamos com a Embaixada do Brasil na Ucrânia, que ainda não confirmou. A família está aflita, é difícil de acreditar”, declarou.
Nascido em Porto Alegre (RS), André Hack Bahi chegou ao território ucraniano em 28 de fevereiro de 2022 e se juntou como voluntário às forças armadas do país na guerra contra a Rússia.
O Poder360 procurou o Itamaraty, que não confirmou a morte de André Hack Bahi.
Eis a íntegra da nota:
“O Ministério das Relações Exteriores não possui, no presente momento, confirmação sobre eventual falecimento de cidadão brasileiro em território ucraniano em decorrência do conflito naquele país. A Embaixada do Brasil em Kiev segue buscando mais informações sobre o caso e permanecerá à disposição para prestar a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.
“Assim como tem feito desde o começo do conflito, o Itamaraty continua a desaconselhar enfaticamente deslocamentos de brasileiros à Ucrânia, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país.
“Ressalte-se que, em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, mais informações poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos ou de seus familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.”