Ontem foi dia de festa com quadrilhas, fogos de artifício, comidas típicas como a pamonha e a canjica, e de ‘shows’ como os que acontecem em várias cidades da região nordeste do Brasil.
O dia 24 de junho é importante para muitos nordestinos que celebram o santo São João e as tradições juninas. É dia de festa com quadrilhas juninas, fogos de artifício, comidas típicas como a pamonha e a canjica, e de ‘shows’ como os que acontecem no nordeste inteiro. O que alguns não sabem, é que essa data era comemorativa antes mesmo das homenagens ao santo da Igreja Católica.
A Igreja Católica assimilou as datas em que eram comemorados deuses pagãos e, então, surgiu na Idade Média o dia de São João Batista. Antes, na Idade Antiga, o 24 de junho era dedicado ao solstício de verão no hemisfério norte e a renovação da natureza.
Havia o culto aos deuses da natureza, das plantações e colheitas, sendo um deles Adônis. Conta a mitologia grega que Afrodite, deusa do amor, e Perséfone, deusa dos infernos), disputaram Adônis. Para resolver o impasse, Zeus disse que Adônis passaria metade do ano com Perséfone, nas trevas do mundo inferior, e a outra metade do ano com Afrodite, no mundo superior e sob a luz do Sol. Justamente, essa passagem de Adônis para a luz era considerada a boa-nova, o renascer da natureza. Com essa ideia, a Igreja Católica dedicou o dia a São João Batista porque foi ele quem batizou Jesus Cristo e anunciou a “boa-nova” da vinda do filho de Deus, na tradição cristã.
Já a fogueira tem relação com o nascimento de São João Batista. Narram as tradições que Santa Isabel, sua mãe, era amiga de Maria, mãe de Jesus. Santa Isabel, em visita a Maria, anunciou que estava grávida e Maria perguntou-lhe como saberia do nascimento da criança. Santa Isabel disse que faria uma fogueira bem grande e assim o fez após São João Batista nascer. Maria, então, foi à casa da amiga visitar a mãe e o recém-nascido.
Já as quadrilhas juninas têm origem francesa, com a influência dos bailes de aristocratas, que depois influenciaram outros locais da Europa e, então, portugueses e brasileiros da elite trouxeram a dança para o Brasil no século XIX e, ao longo do tempo, as danças nacionais se misturaram.