A Itália é referência no trabalho com o couro. Não à toa, as marcas do país possuem modelos do acessório que fazem sucesso no mundo inteiro
As bolsas são as peças mais populares e conhecidas das marcas do segmento de luxo. Na última semana, a Coluna Moda Fora dos Padrões listou os modelos mais famosos das grifes francesas. Agora, é a vez de destacar as criações das marcas italianas, país famoso pelo trabalho com couro.
É inegável o mercado gerado a partir das bolsas de luxo. Além desses itens serem hits de venda e girarem o caixa das grifes, servem de inspiração para o fast fashion. Marcas como Shein e Renner costumam reproduzir esses designs em versões mais acessíveis ao grande público.
Apesar dos estilistas se esforçarem para lançar novos modelos, a cada estação, alguns se repetem e viram atemporais. Não à toa, são repaginados e ganham novos formatos, acabamentos e cores.
Abaixo, a coluna apresenta cinco modelos clássicos das grifes italianas. Apesar da Itália ser conhecida pelo estilo ousado e arrojado, designs clássicos são valorizados no país que tem o couro como tradição.
The Pouch, da Bottega Veneta
O modelo clutch, que não tem alças, pode não ser o mais prático e ideal para o dia a dia. Mas esse pequeno detalhe não impediu a bolsa The Pouch, da grife Bottega Veneta, de fazer sucesso e virar a it-bag de 2019.
O inglês Daniel Lee foi responsável pela modernização da Bottega Veneta. Sua “gestão criativa” se destacou por misturar símbolos clássicos da grife italiana a designs atualizados. A bolsa The Pouch, por exemplo, fez muito sucesso na versão intrecciato, técnica de entrelaçamento de couro característica da grife.
Devotion, da Dolce & Gabbana
A mistura de elementos sacros com flores, plantas e frutas resume o universo estético maximalista da etiqueta fundada por Domenico Dolce e Stefano Gabbana. A bolsa Devotion, que tem como marco o coração vermelho com arabescos dourados na parte da frente, é uma prova disso.
Segundo a dupla criativa, a bolsa é “uma declaração de amor selada pelo antigo sagrado coração, que se torna um precioso acessório de desejo”. A Devotion conquistou as brasileiras e a marca chegou a lançar, inclusive, modelos exclusivos da peça aqui no país.
Baguette, da Fendi
É impossível falar de bolsas de sucesso e não citar a Baguette, considerada a primeira it-bag da história. O modelo lançado em 1997, por Silvia Venturi Fendi, herdeira da empresa, foi o primeiro a ter uma lista de espera no mercado de luxo, tamanho o sucesso.
Com uma alça curta que fazia o corpo da bolsa ficar debaixo do braço, remetia ao pão baguete carregado pelos franceses. Conquistou a atriz Sarah Jessica Parker e virou hit após aparecer nos looks da Carrie Bradshaw, personagem da atriz em Sex and the City.
Dionysus, da Gucci
O modelo Dionysus é um marco histórico da linha de acessórios da Gucci. Isso porque foi a primeira bolsa criada por Alessandro Michele para a marca, ainda em 2015. O estilista deixou o comando criativo da casa em 2022, encerrando uma trajetória de hits e sucesso.
O nome escolhido tem um porquê: a ideia era criar uma bolsa com estética “grega chique”. A versão clássica da peça aparece no monograma, com um detalhe em camurça, e com um fecho metálico em formato de cobra.
Galleria, da Prada
Dona de grande portfólio de bolsas, a Prada possui diversos modelos icônicos, como a de ombro Re-Nylon e a Cahier. Mas uma específica, que foi criada em 2007, conquistou o status de atemporal: a Galleria.
A peça ganhou esse nome como uma homenagem à sede histórica da Prada em Milão, a Galleria Vittorio Emanuele II. É ideal para o dia a dia, já que cabe muitos itens, e recebe um design sóbrio e elegante. Inclusive, é a porta de entrada de muitas pessoas para o universo das bolsas de luxo.
Apesar das bolsas de grife não serem itens acessíveis a todos, é interessante saber a história e a força de seus designs. Saber qual estética sobrevive a modismos e tendências pode te ajudar a comprar itens duradouros e atemporais.