A Fazenda da Espanha foi ordenada a reembolsar 1,2 milhão de euros a Daniel Alves, em uma decisão proferida no mesmo dia em que o jogador foi condenado a 4 anos e seis meses de prisão por estupro em uma boate de Barcelona. Segundo o jornal “La Vanguardia”, a quantia a ser devolvida pelo governo espanhol será utilizada pela defesa de Alves como garantia para solicitar sua liberdade provisória.
A decisão de reembolso foi emitida pela 4ª sessão da Câmara Contencioso-Administrativa do Tribunal Nacional, atuando como instância superior. Alves estava em disputa com o fisco espanhol, alegando que não deveria declarar os pagamentos intermediados pelo agente Joaquín Macanás para sua renovação com o Barcelona nos anos de 2013 e 2014. Embora inicialmente a Justiça tenha determinado que Alves deveria declarar os valores pagos pelo serviço, o jogador afirmou que não tinha conhecimento desses pagamentos.
Durante o processo, sua defesa argumentou que o agente agiu em benefício do clube, não dele. Em um recurso, a versão de Alves prevaleceu. De acordo com o “La Vanguardia”, a advogada de Alves no processo criminal, Inés Guardiola, planeja usar esse reembolso como garantia de que ele não irá fugir para solicitar sua liberdade provisória. A equipe legal do jogador acredita que, devido à pena imposta, o risco de fuga é eliminado, ressaltando que Alves não possui antecedentes criminais, tem residência fixa no país e já entregou seu passaporte.
As contas bancárias de Alves estão atualmente bloqueadas devido a uma disputa judicial com sua ex-mulher no Brasil, relacionada à guarda de seus filhos. Por causa disso, ele não conseguiu pagar a quantia de 150 mil euros exigida a título de “responsabilidade civil” para a vítima do estupro, sendo essa quantia doada pelo pai de Neymar.