“O estado de greve é, mais do que nunca, necessário”. A afirmativa é de Fabiana Marcelino, psicóloga do Campus Natal-Centro Histórico e uma das coordenadoras gerais da Seção Natal do SINASEFE, e reflete a discussão que aconteceu nos últimos dia 1 e 2 de novembro, em Brasília, na 198ª Plenária Nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Na pauta, a regulamentação da atividade docente e da carreira TAE.
“Acho que faltam menos de 50 dias. O estado de greve é, mais do que nunca, necessário”, explicou Fabiana.
“Algumas bases não chegaram a fazer essa discussão em assembleia, mas as que fizeram votaram pelo estado de greve. Dia 23 terá outra Plenária Nacional para se discutir análise de conjuntura e calendário de lutas”, completou.
Sobre o estado de greve
O Estado de Greve se diferencia do indicativo de greve e da deflagração da greve em si. Ele é compreendido como uma situação aprovada pelas(os) trabalhadoras(es) para alertar os governantes sobre a possibilidade de deflagração de uma greve.
Além disso, a servidora explica que outras discussões foram debatidas, como a regulamentação da atividade docente.
“Acho que podemos dizer que houve avanço nas discussões sobre a regulamentação da atividade docente e na carreira TAE foram discutidos e ampliados os critérios para o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC). Ambas as discussões estão sendo construídas nas bases das seções sindicais e levadas ao GT Carreira do SINASEFE para serem discutidas na negociação com o governo. Estamos ainda batalhando para que a RSC entre no projeto de lei que modificará cerca de 40 carreiras, pq a preocupação é que o RSC seja dado via decreto. Se for assim, ele pode ser derrubado futuramente com outro decreto.”, detalhou.
Entenda
Os professores e técnico-administrativos do IFRN, filiados ao Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), votaram na última segunda-feira (28) pela retomada do estado de greve na instituição. A ação foi tomada em virtude do descumprimento dos acordos provenientes do movimento paredista de 2024.
Na análise de conjuntura sobre a retomada do estado de greve em todo território nacional, a categoria defendeu a pauta para mostrar ao governo a insatisfação com o não cumprimento de todos os pontos do acordo.
O coordenador geral do Sinasefe Natal, Fernando Varella, já tinha dito à Agência Saiba Mais que será preciso dar uma pressão política para que o governo entenda que eles não estão apenas esperando e sinalizar também que o estado de greve é para que eles atendam todos os itens do acordo. O principal deles, eu acredito, é a questão do Reconhecimento de Saberes e Competência (RSC) para os técnico-administrativos em educação”, afirmou