Ações da empresa fecharam cotadas a R$ 42 nesta quinta-feira (9/6), e valor total vendido foi de R$ 68 bilhões
A Eletrobras finalizou o processo de capitalização nesta quinta-feira (9/6) e passou de uma empresa estatal para privatizada. O preço por ação foi fixado em R$ 42, após cinco dias de reserva de cotas para investidores. A negociação das ações acontecerá a partir de segunda-feira (13/6), na B3.
A companhia vendeu R$ 68 bilhões em ações, valor acima da oferta. A reserva de ações com recursos do FGTS atingiu cerca de R$ 9 bilhões, valor maior que o teto previsto para o grupo, que era de R$ 6 bilhões. Haverá um rateio entre os compradores e interessados com ordens inferiores ao valor estabelecido deverão aumentar a oferta para garantirem sua cota.
Inicialmente, o governo ofereceu cerca de R$ 35 bilhões em ações ao mercado. A oferta primária foi de 627,6 milhões de ações, acrescida de mais um lote de 104,6 milhões. Com o número vendido, o governo conseguiu garantir pelo menos R$ 29,2 bilhões junto ao mercado.
Até essa quarta-feira (8/6), a demanda por investimentos na empresa já superava a marca de R$ 55 bilhões, valor que aumentou com a adesão de investidores institucionais.
Os bancos que lideraram as ofertas foram: BTG Pactual, Bank of America, Goldman Sachs, Itaú BBA, XP, Bradesco BBI, Caixa Econômica Federal, Citi, Credit Suisse, JPMorgan, Morgan Stanley e Safra.
O preço da ação teria ficado dentro do estabelecido pelo Tribunal de Contas da União para garantir a privatização, e fechou com uma alta de 2% na cotação na quinta-feira.
Com a operação, a Eletrobras se tornou a primeira estatal a ser privatizada pela gestão de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. Até então, o governo conseguiu passar para a iniciativa privada apenas empresas subsidiárias, ou seja, aquelas que estão sob guarda-chuva de uma estatal.