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Em meio a chiliques, Paulo Guedes diz que deixará o Brasil quando Lula assumir

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Um dos principais responsáveis pelo escandaloso rombo de R$ 400 bilhões deixado como herança pelo governo Bolsonaro, Guedes tem tido surtos por acreditar que não está tendo o “reconhecimento que merece”.

Um dos principais responsáveis pelo escandaloso rombo de R$ 400 bilhões deixado como “herança” pelo finado governo Jair Bolsonaro (PL), o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem tido chiliques ao falar de seu trabalho e, a interlocutores, ameaçado ir embora do Brasil no início do governo Lula. 

Segundo Bela Megale, no jornal O Globo nesta segunda-feira (5), Guedes tem se irritado por acreditar que não está tendo o “reconhecimento que merece” como ministro da Economia ao dizer que teria “consertado” erros dos governos do PT e feito ameaças.

“Vou deixar isso aqui e quem vai ficar com o problema são vocês”, repete Guedes, segundo a colunista d’O Globo, que ressalta, no entanto, que aliados próximos dizem que a ameaça de deixar o país não passa de mais uma bravata do neoliberal.

Rombo de R$ 400 bilhões

Em entrevista à CBN, o ex-presidente do Banco Central no governo Lula e ex-ministro da Fazenda de Michel Temer, Henrique Meirelles informou que o prejuízo deixado por Bolsonaro com sua criminosa e sistemática violação ao teto de gastos públicos atingiu não “apenas” R$ 150 bilhões, como sua equipe anuncia, tentando abrandar o problema, mas sim R$ 400 bilhões.

“Na minha avaliação, o tamanho do buraco deixado é mais próximo de R$ 400 bilhões, estimado por entidades independentes, do que dos R$ 150 bi que o governo está falando”, falou Meirelles.

Em entrevista à Fórum, o economista Márcio Pochmann, ex-presidente do Ipea,  lembrou que Bolsonaro, Guedes e suas equipes se jactavam de uma suposta responsabilidade com as contas e que, com esse discurso, esvaziaram investimentos e programas sociais e ainda assim deixam um déficit colossal.

“Mesmo diante de toda a retórica de compromisso com o equilíbrio fiscal, o governo Bolsonaro se despede deixando um enorme déficit nas contas públicas. Um déficit, inclusive, alterado em sua trajetória, mesmo com uma política forte de restrição de gastos, especialmente nas áreas social e de ciência e tecnologia, e também pela própria política de privatização”, começou explicando.

Segundo ele, toda a doutrina de Guedes, de um neoliberalismo extravagante, resultou mais uma vez num caos social e na perda de controle das contas públicas.

“Mais uma vez, comprova-se quanto o receituário neoliberal consegue na prática efetuar o que propõe. O déficit estimado para o ano de 2023 começa a ser melhor expresso com as informações que chegam após o encerramento das eleições, até então vigorava o discurso emblemático de que o país era um dos poucos que crescia no mundo, que reduzia inflação e reduzia o emprego. Agora sabe-se o quanto isso era artificialidade, a partir da melhor compreensão do tamanho da desorganização das finanças públicas deixadas por esse governo”, acrescentou Pochmann.

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