Basicamente, a umidade do ar aponta para o quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera em determinado momento, comparado ao total máximo que poderia existir naquela temperatura.
Segundo especialistas, os principais riscos do tempo seco para a saúde humana são:
- Desidratação;
- Complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas;
- Sangramento pelo nariz;
- Ressecamento da pele;
- Irritação dos olhos.
Associado ao calor extremo, a desidratação é um dos efeitos mais frequentes e graves da baixa umidade.
“Afeta a todos, mas, principalmente, os extremos de idades — as crianças, especialmente abaixo de três anos de idade, e os mais idosos”, explica o endocrinologista Ricardo Barroso. “Nesses grupos, sobretudo nos idosos, os centros de regulação de sede não são tão eficazes. Então, o idoso, mesmo estando um pouco desidratado, muitas vezes não sente a sede necessária para beber a quantidade de água adequada para repor essa perda”.
Para manter o corpo hidratado, garantindo a regulação da temperatura e ajudando no transporte de oxigênio, nutrientes e sais minerais, a recomendação é beber água ao longo de todo o dia, mesmo não estando com sede.
De acordo com Barroso, um bom parâmetro para checar a hidratação é a cor da urina. “Se sua urina está muito amarela, mais escura, você está pouco hidratado, está ficando desidratado. Então tem que beber mais água, não importa o quanto já tenha bebido. O ideal é que esteja um amarelo bem clarinho, não precisando ficar transparente.”
A hidratação vale tanto para o interior do organismo como para a pele, sendo indicado evitar banhos muito quentes e manter hidratações de manhã e à noite com ativos ricos em vitamina C.
Além disso, o Inmet ainda orienta que se evite desgaste físico nas horas mais secas e a exposição ao sol nos momentos mais quentes do dia.
Outros riscos
As vias aéreas e os olhos também podem ser afetadas pelo tempo seco. “Eventualmente, é possível aliviar os sintomas usando soro fisiológico para gotejamento no nariz e nos olhos”, recomenda o Ministério da Saúde.
Em caso de sangramento nasal, a orientação da pasta é pressionar a narina do lado que está sangrando por alguns minutos, esperando que pare espontaneamente.
“Se o sangramento for mais agudo, o conselho é usar um tampão nasal, que pode ser feito com um algodão, papel higiênico macio ou lenço de papel. Caso o sangramento não pare, é necessário recorrer ao serviço de saúde”, informa o ministério.
Mas lembre-se: não incline a cabeça para trás, para evitar que o sangue escorra pela faringe e vá para o estômago ou as vias aéreas.