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Estudante de Baraúna, no interior do RN, conquista nota 1000 na redação do Enem

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A potiguar Anna Beatriz Rebouças, de 21 anos, foi uma das 12 estudantes que alcançaram a nota 1000 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o Brasil, e a única do Rio Grande do Norte. Anna é natural de Baraúna, no Oeste potiguar, e tem o sonho de cursar Medicina na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).

O Enem de 2024 foi o sétimo prestado pela potiguar. Ela começou a fazer a prova em 2018, quando estava no primeiro ano do ensino médio, e diz que não esperava receber uma nota tão alta na redação.

“Foi uma surpresa muito boa, porque eu não esperava que o resultado fosse sair naquele horário, lá para as 8 ou 9 da manhã, achava que viria só meio-dia, então assim que eu olhei e vi que já tinha saído, eu estranhei muito. Eu achava que era mentira ou algum erro do site, custei muito a acreditar. Realmente uma boa surpresa. Minha reação foi de quem não esperava mesmo. Eu fiquei bastante emocionada, chorei bastante e demorou muito para a ficha cair até agora”, contou a baraunense.

“De forma alguma eu esperava uma nota 1000. Eu esperava no máximo um 960 e era realmente minha oração que viesse 960, 940, mas não esperava uma nota 1000, porque nunca tinha tido um resultado assim, nem 980. Então realmente foi uma surpresa muito grande para mim, que é realmente sem palavras”, afirmou em conversa com a reportagem.

Desde criança, disse Anna Beatriz, ela já possui uma certa noção sobre a Medicina e nutre uma admiração pela profissão e pelo trabalho que envolve cuidado.

“Mas foi mais no ensino médio mesmo que eu conheci as formas de ingresso, e aí eu vi que queria isso para minha vida e a partir de então comecei a realmente estudar para a Medicina”, explica.

Com o apoio da família, Anna estudou desde sempre em escola particular, e a partir do 4º ano do ensino fundamental, em Mossoró. As duas cidades são próximas e separadas por cerca de 35km. Ainda assim, quando terminou o ensino médio em 2020, sentiu que sua base acadêmica ainda não estava da forma como gostaria, e precisou estudar ainda mais.

Foto: Pedro Elandro

“Minha família tinha muito essa preocupação em manter uma educação de qualidade, então a vida toda eu estudei em escola particular, mas ainda assim quando eu saí do ensino médio meu nível não era nem de perto o que o Enem exigia para o meu curso de Medicina, que é bastante concorrido. Então eu tive que realmente construir uma base muito boa após o ensino médio, estudando em casa durante três anos e nesse último ano, em 2024, no meu quarto ano, eu estudei de forma presencial no cursinho do Ari de Sá, extensivo de Medicina em Fortaleza, com bolsa”, conta. Já a preparação específica para a redação, no último ano, veio de forma remota, no cursinho da professora Marcela Melo, de Mossoró.

Ao todo, 12 estudantes espalhados por 10 estados tiraram nota 1000 na redação, sendo uma pessoa oriunda de escola pública. A nota de Anna Beatriz foi a única do Rio Grande do Norte a atingir a pontuação máxima na redação. No ano passado, o RN teve seis redações nota 1000.

Nacionalmente, as médias gerais foram 529 para matemática e suas tecnologias; 528 para linguagens, códigos e suas tecnologias; 517 para ciências humanas e suas tecnologias; e 495 para ciências da natureza e suas tecnologias. Para redação, a média geral foi 660.

Com os resultados do exame, os participantes podem pleitear uma vaga gratuita pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que abre a consulta às vagas na terça-feira, 14 de janeiro, no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior e início das inscrições dia 17 deste mês; tentar uma bolsa de estudo pelo Programa Universidade para Todos (Prouni); ou acessar o ensino superior com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Estudantes de escola pública têm direito a concorrer às vagas ofertadas pela Lei de Cotas: pelo menos metade (50%) das vagas de cada curso das instituições públicas deve ser destinada a candidatos que estudaram na rede pública todo o ensino médio.

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