Nas publicações, a ex-ministra e pastora evangélica, Damares Alves, afirma que materiais que “ensinavam jovens a usar crack” foram distribuídos durante o governo de Lula.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, nesta quinta-feira (18/8), a remoção de quatro vídeos em que a ex-ministra e pastora evangélica, Damares Alves (Republicanos) divulga informações falsas, as famosas FAKE NEWS, sobre o governo do ex-presidente e candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
As publicações nas redes sociais afirmam que materiais para incentivar o uso de crack e outras substâncias entorpecentes ilícitas eram distribuídos a jovens durante a gestão do petista. Damares, é a mesma pastora, que afirma ter visto “Jesus na goiabeira”.
Na decisão, o ministro Raul Araújo entendeu que “é plausível a tese da representante de que o vídeo editado divulga fato sabidamente inverídico em que o conteúdo da publicação acaba por gerar desinformação”, o que configura propaganda eleitoral antecipada negativa.
Portanto, determina que as redes sociais excluam o vídeo dos perfis de Damares, candidata ao Senado pelo Distrito Federal.
Veja o documento na íntegra:
Decisão contra os Videos Damares by OB News on Scribd
A campanha de Lula entrou com uma ação na Corte Eleitoral na última segunda-feira (15/8). No processo, a coligação que representa o candidato argumenta que a cartilha não incentivava o uso de drogas, pois “ela integrava uma estratégia de redução de danos, internacionalmente reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, como meio eficaz para erradicar doenças”.
A ex-ministra também disse, em outra publicação, que o candidato do PT fez parte dos “governos às trevas”. De acordo com o processo, Damares “fez questão de apontar para uma imagem do ex-presidente Lula, com o indisfarçável objetivo de depreciá-lo”.
A assessoria jurídica do partido Republicanos informou que, “no momento, vai se manifestar apenas nos autos do processo e que provará a veracidade do conteúdo questionado na Justiça Eleitoral”.
Conteúdo dos vídeos
Candidata ao Senado pelo Republicanos, a advogada divulgou conteúdo, na sexta-feira (12/8), sobre uma suposta nova cartilha que seria de responsabilidade da gestão do ex-presidente Lula. Segundo a pastora, o Ministério da Saúde, em 2006, teria produzido o material para combater infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e prevenção ao uso de drogas.
“Eles usavam muitas cartilhas e essas cartilhas eram absurdas. Na verdade, as cartilhas ensinavam como usar drogas, elas na verdade mais motivavam a usar drogas, por exemplo, essa cartilha, quanto traz orientações gerais sobre o uso de drogas”, diz Damares.
Em outro momento, ela afirma que o texto “vai além, e ensina jovens a usarem o ecstasy”. “Ele está mandando o menino, a menina, o adolescente conhecer o traficante, conhecer o fornecedor. Isto sabe o que é? Associação ao crime organizado”, continua.