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Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques é preso em investigação sobre interferência nas eleições de 2022

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O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso na manhã desta quarta-feira (9), em investigação sobre interferência no segundo turno das eleições de 2022.

Quem é Silvinei Vasques

Natural de Ivaiporã, Paraná, Vasques, que pertence aos quadros da PRF desde 1995, exerceu atividades de gerência e comando em diversas áreas do órgão. Ele foi superintendente nos Estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, e atuou como Coordenador-Geral de Operações.

Também exerceu os cargos de Secretário Municipal de Segurança Pública e de Transportes no Município de São José, em Santa Catarina, entre os anos de 2007 e 2008.

Em abril de 2021, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele foi nomeado diretor-geral da PRF.

De acordo com seu currículo, disponível no site do governo federal à época, o ex-diretor-geral é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali); em Segurança Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul); e em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC).

Em 25 de novembro de 2022, Vasques se tornou réu por improbidade administrativa, após ser acusado de uso indevido do cargo que ocupava, bem como de símbolos e imagem da instituição policial durante as eleições presidenciais.

Durante a realização do segundo turno das eleições, em 30 de outubro, a PRF realizou mais de 500 operações no transporte de eleitores em diversas estradas do país. As ações foram suspensas após pedido da Justiça Eleitoral.

Segundo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, as operações não impediram eleitores de chegarem aos seus locais de votação. Apesar disso, pessoas relataram dificuldade em chegar aos locais de votação.

Em dezembro, Vasques foi dispensado do cargo e, no mesmo mês, a PRF concedeu aposentadoria voluntária ao ex-diretor-geral, então com 47 anos.

Além da PF, que investiga as blitze, a CNN revelou em abril deste ano que a direção da PRF anulou o arquivamento de parte de investigações sobre a atuação da corporação no segundo turno das eleições.

Em maio, a CNN teve acesso com exclusividade ao material, com ao menos 20 slides, em que Vasques apresenta dados das operações da PRF no segundo turno das eleições e compara com ações de anos anteriores, além de elencar motivos pelos quais o Nordeste teve mais abordagens a ônibus.

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