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Exposição à luz pode reduzir fadiga e erros entre enfermeiros que trabalham à noite, diz estudo

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Enfermeiros expostos a 40 minutos de luz brilhante antes de seus turnos noturnos se sentem menos cansados e cometem menos erros no trabalho, de acordo com um estudo conduzido pela Universidade McGill, do Canadá. Os profissionais de saúde também dormiram melhor após o expediente, de acordo com a pesquisa.

“Os profissionais de saúde estão enfrentando altos níveis de fadiga devido à falta de pessoal, horários difíceis e cargas de trabalho pesadas. Além disso, o custo dos erros foi estimado em dezenas de bilhões de dólares por ano na América do Norte”, diz Jay Olson, autor sênior do recente estudo publicado no periódico científico Sleep Health, em comunicado.

“Nosso estudo mostra que mudanças viáveis, como a exposição à luz antes do turno da noite, podem ajudar a reduzir a fadiga e seus efeitos no desempenho no trabalho, algo que pode beneficiar tanto enfermeiros quanto seus pacientes”, completa.

Redução significativa nos erros

Com base em um estudo anterior, os pesquisadores recrutaram cerca de 60 enfermeiros no Centro de Saúde da Universidade McGill. Os profissionais trabalhavam em horários que alternavam entre os turnos diurno e noturno na mesma semana.

Durante um período inicial de observação de dez dias, enfermeiros do grupo experimental cometeram um total de 21 erros, variando de dar a dose errada de medicamento a picadas de agulha acidentais.

No entanto, quando receberam 40 minutos de exposição à luz brilhante de uma caixa de luz portátil antes de seus turnos noturnos, os erros cometidos caíram para sete – uma redução de 67%.

O experimento confirmou os resultados de um estudo anterior, no qual os pesquisadores observaram uma redução semelhante de 62% no número de erros no trabalho.

Em contraste, os enfermeiros do grupo de controle que mudaram sua dieta para melhorar seu estado de alerta mostraram apenas 5% de redução nos erros.

Os pesquisadores também observaram que os profissionais que seguiram a intervenção da luz noturna relataram melhorias mais significativas na fadiga em comparação com aqueles do grupo de controle.

Além disso, os enfermeiros que relataram níveis mais elevados de cansaço cometeram mais erros no trabalho.

“Intervenções como a que estudamos são relevantes para uma grande população de trabalhadores, uma vez que entre um quarto e um terço dos empregados do mundo fazem algum tipo de trabalho por turnos”, acrescenta Mariève Cyr, primeira autora do estudo.

“Embora tenhamos nos concentrado em enfermeiros que trabalham em horários rotativos, nossos resultados também podem se aplicar a outros tipos de trabalhadores por turnos.”

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