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Fábio Dantas e Robinson Faria colocam desavença de lado e dançam juntos

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Nas imagens que circulam nas redes sociais é possível ver os dois políticos animados e dançando

O ex-vice-governador do Rio Grande do Norte Fábio Dantas (SDD), candidato ao governo do Estado, foi flagrado dançando ao lado do ex-governador Robinson Faria (PL), postulante a vaga na Câmara dos Deputados, em uma carreata realizada na última terça-feira 6, na cidade de Tenente Ananias, no interior do Estado.

Nas imagens que circulam nas redes sociais é possível ver os dois políticos animados e dançando com ex-prefeito de Tenente Ananias, Kerginaldo Jacome (PSDB) e a atual prefeita, Larissa Rocha (PSD).

Fábio Dantas vinha renegando Robinson Faria em uma tentativa de se desvencilhar da imagem do ex-governador, de quem foi vice entre 2014 e 2018. Além de repelir Robinson, Fábio acusou a governadora Fátima Bezerra (PT) de ter participado das últimas gestões indicando 13 órgãos e secretarias. Em entrevista recente publicada pelo AGORA RN, o candidato do Solidariedade afirmou que “não era vice de Robinson. Era vice-governador do Rio Grande do Norte”.

Eles haviam rompido em 2018, no entanto, agora, para tentar retomar mandatos, os dois deixaram desavenças de lado e estão dividindo palanque. Robinson e Fábio foram eleitos para o governo do Rio Grande do Norte em 2014, numa disputa contra o ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PSB). A gestão logo acumulou rejeição e atingiu elevados níveis de impopularidade.

Um dos principais problemas da gestão foi o atraso no pagamento das folhas dos servidores públicos. Ao fim do mandato, Robinson Faria e Fábio Dantas deixaram quatro folhas em atraso, relativas aos meses de novembro e dezembro de 2018 e aos décimos de 2017 e 2018. Os salários só foram quitados neste ano pela governadora Fátima Bezerra.

O vice-governador assumiu interinamente a chefia do Executivo Estadual em 2017. A transmissão de cargo aconteceu em razão da ausência do governador Robinson Faria, que viajou em missão oficial para a China.

Fábio Dantas defendeu o pacote de ajustes econômicos proposto por ele e que ganhou o nome de “PEC da Maldade”, pela oposição da gestão na época. O pré-candidato explicou que, dentre as 55 medidas contidas na proposta, uma delas era acabar com os “supersalários” e realizar a vendas de patrimônios públicos do Estado como o Centro de Convenções e a Ceasa.

“Não tinha PEC da maldade. Era PEC do Rio Grande do Norte, que ia funcionar. O objetivo era evitar o crescimento da folha, não tinha nada de demissão, como disseram. Fátima Bezerra, como pré-candidata e senadora, dizia que não ia aceitar reforma da previdência nenhuma. Aí, ela vem e taxa os inativos, que nem o governo federal teve coragem de taxar. Eu sempre tenho dito que as três grandes reformas de Fátima no RN foi taxar inativo, vento e os proprietários de pequenas motos que estavam atrasados na pandemia”, disse.

A ruptura foi marcada por críticas. Em julho deste ano, por exemplo, Dantas disse em entrevista a uma rádio que “vice não manda em canto nenhum e eu não concordava com os rumos do governo Robinson”. Declarações parecidas, em que buscava se eximir da alta rejeição acumulada pela gestão estadual que fez parte, também foram dadas em outras entrevistas.

Em 2018, o ex-governador tentou se reeleger, mas com uma desaprovação de 81% segundo pesquisa Ibope/InterTVCabugi, ficou apenas em terceiro lugar com 11% e sequer chegou ao segundo turno. Fábio Dantas também tentou viabilizar uma candidatura ao Poder Executivo estadual contra o antigo aliado, mas não teve sucesso.

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