O Flamengo vai buscar na Fifa uma indenização após a lesão de Pedro na seleção brasileira. O jogador rompeu ligamento do joelho esquerdo no treino desta quarta-feira e ficará fora de atividade por um longo tempo.
Para esses casos, a Fifa tem o chamado Programa de Proteção ao Clube. Se o afastamento do jogador a serviço da seleção for maior do que 28 dias, o clube pode acionar esse dispositivo. É a ideia do Flamengo.
“Em linhas gerais, esse programa paga até 7,5 milhões de euros ao clube que tem o atleta lesionado, limitado a um ano e proporcional ao salário do jogador e ao tempo da lesão”, explicou o advogado Felipe Pestana, do Bichara e Motta Advogados.
Pelo câmbio, o Flamengo pode pleitear até R$ 46,7 milhões em razão da lesão de Pedro, dependendo do tempo que ele ficar fora de combate.
“Por exemplo, se o jogador ficar afastado dez meses, o teto seria o valor proporcional a dez meses, tendo como base que 7,5 milhões de euros é o valor referente a um ano. E também é limitado ao salário fixo do jogador nesse período. Ou seja, se ele ganha mais do que o proporcional a 10 meses de 7,5 milhões, a cobertura vai até esse valor proporcional. Se ganha menos, a cobertura ‘desce’ até cobrir o valor efetivo de salários no período”, completou Pestana.
Quando o jogador volta aos treinos, o seguro acaba.
No Brasil, esse dispositivo foi acionado pela primeira vez pelo Santos, em 2015. E a Fifa concedeu o direito.
“Cobramos pelo Santos essa indenização, em razão da lesão do Valência, na Copa América, quando estava com a seleção colombiana. Fomos o primeiro clube a cobrar esta indenização, que serve justamente para proteger os clubes de lesões de seus atletas quando a serviço das seleções. Ela apenas cobre o valor do salário em contrato de trabalho”, contou Cristiano Caús, sócio do CCLA Advogados.
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