Neste domingo (28/1), França e Japão juntaram-se ao grupo de países que decidiram barrar o apoio financeiro à Agência das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para Refugiados Palestinos (Unrwa).
Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Holanda, Suíça, Finlândia, Estados Unidos, Austrália e Canadá fazem parte do grupo que deixou de financiar o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).
As suspensões ocorrem após alegações de que alguns funcionários da Unrwa estiveram envolvidos nos ataques do Hamas em 7 de outubro contra Israel.
A França informou que não fará repasses ao órgão até abril. Já o Japão expressou “extrema preocupação” com a situação.
Outros cortes
Na sexta-feira (26/1), a agência informou que abriu uma investigação contra vários funcionários. Em nota, o secretário-geral, António Guterres, afirma que teve conhecimento dessas notícias “extremamente graves” através do comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini, e “está horrorizado”.
Guterres pediu a Lazzarini que investigasse rapidamente o assunto e garantisse que qualquer funcionário da agência “que tenha participado ou sido cúmplice dos atos, ou em qualquer outra atividade criminosa, seja despedido imediatamente e encaminhado para um possível processo criminal”.
Em nota separada, a Unrwa confirma a abertura de uma investigação sobre vários trabalhadores suspeitos de envolvimento nos ataques, com quem revela ter terminado a relação contratual.
Cerco à Faixa de Gaza
Desde o início da operação israelense contra o Hamas, o cerco na Faixa de Gaza fez com que milhares de palestinos se deslocassem do Norte, onde acontecem a maior parte dos confrontos, para o Sul.
Os últimos números apontam que mais de 11 mil pessoas já morreram durante o conflito. Deste número, mais de 10 mil são palestinos, segundo dados divulgados por autoridades da Faixa de Gaza controlada pelo Hamas. Já as vítimas israelenses giram em torno de 1,4 mil.