Os fugitivos estariam com dificuldade para sair da área onde estão sendo feitas as buscas perto da cidade de Baraúna. Um deles pode estar machucado e mancando, segundo a investigação. Os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró foram “abandonados” pela rede de proteção do crime organizado, segundo investigadores. Segundo o monitoramento da força-tarefa que realiza as buscas no Rio Grande do Norte, os dois estão sem apoio há uma semana.
Deibson Nascimento e Rogério Mendonça fugiram da penitenciária de segurança máxima no dia 14 de fevereiro. Foi a primeira fuga registrada no sistema prisional federal, criado em 2006. A força-tarefa entrou nesta sexta-feira (1º) no 17º dia de buscas pela dupla. Os dois homens vistos por agricultores em uma plantação na área rural da cidade de Baraúna na tarde de quinta-feira (29).
Os fugitivos estariam com dificuldade para sair da área onde estão sendo feitas as buscas, que se concentra em raio mais fechado perto de Baraúna, e estariam perdidos. Em vez de estarem caminhando rumo à divisa com o Ceará, eles teriam voltado para uma área mais perto da cidade e do presídio de Mossoró.
Os investigadores afirmam que as prisões e apreensões recentes de pessoas suspeitas em colaborar com os fugitivos prejudicaram a estratégia do crime organizado de auxiliar os dois a deixarem o estado. Após a fuga, eles receberam ajuda e, até o momento, pelo menos cinco pessoas foram presas suspeitas de terem auxiliado os presos a se esconderem e se locomoverem pela região.
Operação fez cerco em área de plantação na zona rural de Baraúna para recapturar fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró
Ainda, Deibson e Rogério não estariam mais com nenhum aparelho celular e que um deles estaria machucado e mancando, segundo informações de testemunha que foi ouvida pelos policiais na quinta (29).
As buscas seguem no 17º dia, mas a dificuldade aumenta por conta das fortes chuvas que atingem a região.
As buscas entraram no 17º dia nesta sexta-feira e se concentraram desde o início nas áreas rurais entre as cidades de Mossoró e Baraúna, que são ligadas pela RN-015, onde fica o presídio.
Os investigadores confiam desde o início da fuga que os foragidos permanecem pela região, fato que tem sido reforçado por pistas deixadas ao longo dos dias, como a invasão a casas e o esconderijo encontrado (veja a cronologia da fuga).
A operação conta com helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos tecnológicos sofisticados, além de mais de 600 homens das forças de segurança da Força Nacional, estadual e federal – incluindo equipes de elite da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.