Deputado do PSL admite que não deverá ficar na legenda fruto da fusão com o DEM, que está na oposição ao presidente
No Estado do Rio Grande do Norte, os principais nomes das duas siglas, PSL e DEM, parecem andar na contramão da ideologia raiz de cada partido. Por um lado, o ex-senador José Agripino, que recentemente deu entrevista ao Agora RN dizendo: “O brasileiro não quer extrema esquerda nem extrema direita. É claro que Lula e Bolsonaro têm seus adeptos. Na hora que mostrar um candidato de centro que tenha credibilidade e perspectiva de vitória, o brasileiro comum vai querer um candidato que não pratique extremismo”.
Já o deputado Federal General Girão, que ainda está no PSL, e é o grande nome da sigla por ser único com mandato que compõe o partido que elegeu o presidente, disse à equipe de reportagem do Agora RN, que, vai seguir o partido que se aproximar ou seguir de forma direta, o governo federal.
A nossa preocupação desde o começo é buscar apoios para garantir a governabilidade do presidente Bolsonaro. Vamos continuar fazendo isso, tenho minha imagem muito associada à imagem dele aqui no Estado, e tenho orgulho disso. As vezes discordamos de alguma coisa, mas Bolsonaro é a melhor opção para governar agora, ano que vem e por mais quatro ou cinco anos, e o que for necessário”.
“Se a fusão gerar um partido que for base do presidente, continuarei no PSL, ou no partido que for fundido, se não, vamos procurar outro que seja base dele. Nós não podemos ficar preso a uma sigla partidária que acaba sendo incoerente com aquele começo de trabalho político que o partido vinha fazendo. Se não fosse assim o PSL não existia, até as últimas eleições, não existia o PSL. Nós demos vida ao partido”.
Sobre quem irá liderar a sigla no RN, Girão deixou claro que a ideologia deve ser mantida, o que não está em alinhamento com o DEM: “Sou um conservador de direita. O líder do partido só é líder se for aceito pelos liderados. Eu quero dizer enquanto o partido tiver o posicionamento de não ser base do governo, por que o DEM não é aliado ao governo, eu não estarei junto, assim como outros parlamentares do partido. O partido tem 53 deputados federais, dessa fusão, acredito eu que, se houver essa fusão, acredito que nem 10 deles, ficarão no PSL. Então é uma matemática que também funciona, precisamos ver o fator de atração. O próprio DEM também está rachado. Após a homologação do Tribunal Superior eleitoral (TSE), a nova legenda precisa estar totalmente legalizada no ponto de vista eleitoral, até o mês de abril.