Deputados bolsonaristas criticaram o governo de Tarcísio de Freitas por celebrar o “Orgulho Gay”. Nesta segunda-feira (25/3), a página da Secretaria de Justiça de São Paulo comemorou a data e ressaltou políticas públicas de enfrentamento à LGBTfobia. Com um arco-íris no começo do texto, o Instagram oficial da pasta anunciou:
“A Secretaria de Justiça de São Paulo, por meio da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual (CDPS), reafirma o seu compromisso na promoção de políticas públicas voltadas à população LGBTQIA+.”
“Desde 2009, a CDPS promove campanhas, palestras, projetos e ações visando à efetiva atuação em favor do respeito à dignidade da pessoa humana da população LGBTQIA+, independentemente da orientação sexual e da identidade de gênero.”
A exaltação de uma pauta pouco afeita ao conservadorismo irritou deputados bolsonaristas.
“Que absurdo!”, escreveu Frederico Dávila.
“A Secretaria de Justiça deveria estar preocupada com a composição do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) e a escolha do ouvidor das polícias. Mas a preocupação é lacrar!”, postou Gil Diniz, conhecido como “Carteiro Reaça”.
Michelle Bolsonaro
A bronca de bolsonaristas com o secretário de Justiça, Fábio Pietro, vinha desde antes da celebração do Orgulho Gay. Nos bastidores, Pietro foi criticado por não atuar para tentar contornar a decisão da Justiça que buscou impedir Michelle Bolsonaro de receber o título de cidadã paulistana no Theatro Municipal. A homenagem só pôde ocorrer nesta segunda-feira (25/3) porque o vereador Rinaldi Digilio pagou a locação do espaço.
Bolsonaristas cobram um maior alinhamento de governadores que foram eleitos com o apoio do ex-presidente, como o caso de Tarcísio. Sobretudo no que classificam como “guerra política”, de enfrentamento a Lula, e “guerra jurídica”, uma vez que Bolsonaro se diz alvo de perseguição de setores do Judiciário.