17.9 C
Ouro Branco

Greve dos servidores da saúde de Natal completa um mês

Anúncios

Profissionais iniciaram paralisação em 11 de abril e não aceitaram proposta de 8% de reajuste feita pela prefeitura. Serviços de saúde na rede pública da capital estão prejudicados.

A greve dos servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Natal completou um mês nesta quarta-feira (11) – o movimento foi iniciado em 11 de abril. Por conta da data, os servidores fizeram uma manifestação nesta manhã em frente ao Palácio Felipe Camarão, sede da prefeitura do Natal, e houve até bolo.

Os trabalhadores pedem reajuste salarial, cumprimento da data-base da categoria, e reclamam de um “desmonte” do hospital municipal, entre outras pautas como o pagamento de gratificações. Segundo o sindicato, a categoria está sem reajustes há oito anos.

“Os profissionais da saúde de Natal não são valorizados. Nós morremos aos montes no pior pico da pandemia da Covid aqui no município. O prefeito há oito anos não reajusta o nosso salário. Não cumpre com leis mínimas, de adicionais, de gratificações, de insalubridade”, disse Érica Galvão, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (SindSaúde), em vídeo publicado nas redes sociais do sindicato.

“Não somos valorizados, não temos EPIs de qualidade, as unidades de saúde estão sucateadas, estamos doentes”, completou.

Em nota, o SindSaúde disse que neste período de greve a proposta de negociação feita pela prefeitura foi de 8% de reajuste.

“Uma proposta medíocre que não paga sequer as perdas salariais desses oito anos sem data-base, além de não ser justo com os trabalhadores e trabalhadoras que estiveram na linha de frente do combate a um vírus mortal como é o coronavírus”, diz a nota.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) respondeu, em nota, que a pasta “vai marcar uma nova rodada de negociações essa semana” e que o “secretário [George Antunes] acredita que até sexta-feira (13) os serviços estejam normalizados”.

Serviços prejudicados

Desde o início da greve, os serviços de unidades básicas de saúde ficaram prejudicados, com perda de cerca de 40% dos profissionais. Além disso, o Samu Natal está operando com metade das ambulâncias nesse período, o que tem causado filas de espera com até 15 pacientes.

A greve abarca todos os servidores da saúde, exceto os médicos, que não estão no mesmo plano de cargos e carreiras que os demais profissionais da área.

Os médicos de cooperativa, por sua vez, suspenderam na terça-feira (10) o atendimento na rede pública de Natal também por atraso de pagamento da prefeitura.

Mais artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimos artigos