Por causa do atraso no pagamento do vale-refeição, o setor terceirizado de nutrição do Hospital Walfredo Gurgel decidiu parar as atividades, o que vai deixar os servidores e acompanhantes dos pacientes sem refeição nesta terça (26).
Além desse problema, a unidade ainda tem enfrentado a questão da superlotação e desabastecimento. Segundo o Sindsaúde/RN (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde do Rio Grande do Norte) entre o material em falta está a gaze, a atadura de crepom e insulina regular, o que prejudica a troca de curativo dos pacientes.
UM Agência Saiba Mais entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
Crise
O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel enfrentou, recentemente, a superlotação de pacientes com retorno da formação de filas nos corredores da unidade de saúde.
Para solucionar o problema e aliviar as formação de filas, a Sesap sugeriu a criação de um consórcio com os municípios da Região Metropolitana de Natal para implantar um sistema compartilhado de atendimento ortopédico de baixa e média complexidade na região.
A Sesap argumentou que o sistema de consórcio já funciona em outras regiões do Estado e o custo mensal para que o serviço seja organizado é estimado em R$ 900.000,00. Desse total, o Governo do Estado se propôs a arcar com 40% do custo, sendo o restante distribuído entre os municípios de Parnamirim (R$ 199.000,00), São Gonçalo do Amarante (R$ 78.300,00), Macaíba (R$ 76.500,00), Ceará Mirim (R$ 69.400,00), São José do Mipibu (R$ 69.200,00) e Extremoz (R$ 45.500,00).
Porém, a proposta foi recusada pelos municípios. A Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do RN (Cosems) emitiram nota se posicionando contra o compartilhamento das responsabilidades.
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