A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), no Rio Grande do Norte, divulgou a lista final dos 20 candidatos selecionados para o programa “Pilotos do Semiárido: Asas para Todos”, desenvolvido em parceria com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O curso de formação de pilotos civis é pioneiro no Brasil e marca um avanço na democratização do acesso à aviação, sendo oferecido gratuitamente por uma instituição pública.
O programa é parte do Plano de Diversidade, Inclusão e Formação da ANAC, denominado Asas para Todos, e visa fortalecer o ensino aeronáutico e democratizar o acesso à formação de pilotos civis no Brasil. Coordenado pelos professores Rômulo Pierre Batista dos Reis e Daut de Jesus Nogueira Peixoto Couras, o programa integra o Plano de Diversidade, Inclusão e Formação da ANAC. Seu objetivo é ampliar o acesso à formação de pilotos civis, tradicionalmente restrita por altos custos, além de fortalecer a educação aeronáutica em regiões menos representadas na aviação comercial.
O processo seletivo começou com 458 inscritos em agosto, reduzindo para 200 na etapa seguinte e, finalmente, chegando aos 20 aprovados finais – sendo 50% do sexo masculino e 50% do sexo feminino. Outros 80 candidatos foram incluídos em um cadastro de reserva, válido por três meses a partir do início do curso. As aulas serão ministradas presencialmente no Centro de Instrução de Aviação Civil (CIAC), contratado pela Ufersa. Os candidatos também receberão instruções por e-mail sobre os próximos passos, incluindo a realização dos exames médicos, e poderão acompanhar atualizações no site da Fundação Guimarães Duque.
O programa “Pilotos do Semiárido: Asas para Todos” representa um avanço significativo na inclusão social e no fortalecimento da representatividade no setor aeronáutico brasileiro. A iniciativa se destaca como inspiração para novos projetos que promovam oportunidades semelhantes e atraiam jovens talentos para a aviação no Brasil.
Os candidatos selecionados precisaram atender a critérios específicos, como ser maior de 18 anos, possuir ensino superior completo ou em fase de conclusão e ser beneficiário do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Os aprovados agora devem passar por exames médicos para obtenção do Certificado Médico Aeronáutico (CMA), etapa necessária para validar a aptidão física e psicológica exigida pela profissão.
Perfil das candidatas (10 mulheres):
- Distribuição regional:
- Sudeste: 40% (Rio de Janeiro e Minas Gerais)
- Nordeste: 30% (Maranhão, Paraíba e Pernambuco)
- Centro-Oeste: 20% (Goiás e Mato Grosso do Sul)
- Norte: 10% (Rondônia)
- Formação acadêmica:
- 40% em Ciências Aeronáuticas
- 10% em Aeronáutica
- 50% em outras áreas
- Faixa etária: Entre 21 e 30 anos
- Renda declarada:
- 50% com até 0,5 salário mínimo
- 40% com até 1 salário mínimo
- 10% com até 1,5 salário mínimo
Perfil dos candidatos (10 homens):
- Distribuição regional:
- Nordeste: 40% (Pernambuco, Paraíba e Alagoas)
- Sudeste: 30% (São Paulo e Minas Gerais)
- Norte: 20% (Pará e Tocantins)
- Sul: 10% (Paraná)
- Formação acadêmica:
- 40% em Ciências Aeronáuticas
- 60% em outras áreas
- Faixa etária: Entre 22 e 43 anos
- Renda declarada:
- 70% com até 0,5 salário mínimo
- 20% com até 1 salário mínimo
- 10% com até 1,5 salário mínimo